Revista Portuguesa de Cardiologia (Nov 2024)

Predictors of systolic function recovery after atrial fibrillation ablation in heart failure patients

  • João Borges-Rosa,
  • Pedro A. Sousa,
  • Natália António,
  • Luís Elvas,
  • Lino Gonçalves

Journal volume & issue
Vol. 43, no. 11
pp. 587 – 596

Abstract

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Introduction and Objectives: Atrial fibrillation (AF) and heart failure (HF) often coexist. AF catheter ablation improves left ventricular ejection fraction (LVEF), but its impact varies between patients. We aimed to identify predictors of LVEF improvement in HF patients with impaired LVEF undergoing AF ablation. Methods: We conducted a retrospective single-center study in HF patients with LVEF <50% undergoing AF catheter ablation between May 2016 and May 2022. The primary endpoint was the LVEF recovery rate (‘responders’). Secondary endpoints were one-year safety and effectiveness. We also aimed to validate a prediction model for LVEF recovery. Results: The study included 100 patients (79% male, median age 60 years, 70% with probable tachycardia-induced cardiomyopathy [TIC], mean LVEF 37%, 29% with paroxysmal AF). After a median follow-up of 12 months after catheter ablation, LVEF improved significantly (36±10% vs. 53±10%, p<0.001), with an 82% responder rate. A suspected diagnosis of TIC (OR 4.916 [95% CI 1.166–20.732], p=0.030), shorter QRS duration (OR 0.969 [95% CI 0.945–0.994], p=0.015), and smaller left ventricle (OR 0.893 [95% CI 0.799–0.999], p=0.049) were independently associated with LVEF improvement. Freedom from any documented atrial arrhythmia was 86% (64% under antiarrhythmic drugs), and the rate of adverse events was 2%. The prediction model had a good discriminative performance (AUC 0.814 [95% CI 0.681–0.947]). Conclusion: In AF patients with HF and impaired LVEF, suspected TIC, shorter QRS duration, and smaller LV diameter were associated with LVEF recovery following AF catheter ablation. Resumo: Introdução e objetivos: A fibrilhação auricular (FA) e a insuficiência cardíaca (IC) frequentemente coexistem. A ablação de FA melhora a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), mas o impacto varia entre doentes. O nosso objetivo foi identificar preditores da melhoria da FEVE em doentes com IC e FEVE reduzida submetidos a ablação de FA. Métodos: Estudo retrospetivo unicêntrico de doentes com IC e FEVE < 50% submetidos a ablação de FA entre 05/2016 e 05/2022. O endpoint primário foi a avaliação da taxa de recuperação da FEVE (“Respondedores”). Os endpoints secundários centraram-se na segurança e eficácia a um ano. Também procurámos validar um modelo preditivo de recuperação da FEVE. Resultados: Foram incluídos 100 doentes (79% homens, idade média 60 anos, 70% com provável taquicardiomiopatia, FEVE média 37%, 29% com FA paroxística). Após um seguimento mediano de 12 meses, a FEVE melhorou significativamente (36 ± 10% versus 53 ± 10%, p < 0,001), com 82% de «Respondedores». Suspeita de taquicardiomiopatia (OR 4,916 [95% CI 1,166-20,732], p = 0,030), QRS de menor duração (OR 0,969 [0,945-0,994], p = 0,015) e VE de menor diâmetro (OR 0,893 [0,799-0,999], p = 0,049) associaram-se à melhoria da FEVE. A maioria dos doentes (86%) não apresentou recorrência de arritmia e a taxa de eventos adversos foi de 2%. O modelo preditivo demonstrou bom desempenho (AUC 0,814 [0,681-0,947], 95% CI). Conclusões: Em doentes com FA e IC com FEVE reduzida, a suspeita de taquicardiomiopatia, QRS de menor duração e menor diâmetro do VE associam-se à recuperação da FEVE após a ablação de FA.

Keywords