Revista Interinstitucional Artes de Educar (Nov 2021)
Pedagogias em disputa: Denize Sepulveda entrevista Sara Wagner York
Abstract
O apresente texto desdobra formas de se fazer e falar sobre e com sujeitas implicadas com suas salas de aula e, sobretudo, com o ensino de formação de professoras e professores, mas não só, é sobre formas (in)visíveis de Educação. Ao trazermos essa entrevista, podemos de algum modo produzir nossos arquivos e até as nossas memórias que estão em constante disputa. Em 2018, a professora Sara Wagner York, afirmou em muitas de suas lives ter catalogado mais de 500 Trabalhos de Conclusão de Curso de Pedagogia, do curso de Educação a Distância – EAD da UERJ entre os anos de 2010 a 2017. Após levantamento inicial verificou se que as palavras Ludicidade, Letramento e Diversidade eram as mais presentes. Diante do levante conservador a partir do Golpe de Estado de 2016, ficou ainda mais perceptível a inserção de mulheres e homens evangélicos nos cursos de docência e principalmente nos cursos de Pedagogia. Evangélicas/os inseriam “diversidade” como palavra-chave, intencionando uma educação para todos. Um movimento similar também era produzido por jovens e adultas/os/es trans e travestis que perceberam a educação, e principalmente a Pedagogia, como instrumento fundante para mudança no cenário nacional. Esta entrevista realizada no ano pandêmico de 2021, no mês de setembro, marca um movimento cada vez mais frequente: a ocupação da diferença (marcada pelo gênero, sexualidades e identidades - e seus vários corpos) na cena educacional brasileira.
Keywords