Revista Portuguesa de Cardiologia (Apr 2022)
Renal sympathetic denervation in resistant hypertension: The association between vitamin D and positive early response in systolic blood pressure
Abstract
Aims and objectives: Vitamin D deficiency is a common finding and there is a suggested association with hypertension. Resistant hypertension is a clinical problem observed in 5–30% of hypertensive patients. Renal denervation (RDN) has been used for patients with resistant hypertension and has proven to lower blood pressure. Our primary goal was to assess the vitamin D serum concentration as a predictor of blood pressure response to RDN in highly selected patients. Methods: This prospective, nonrandomized, single-center study included 24 patients treated with RDN. Based on their one-year response after RDN, patients were classified as responders or non-responders at six months or at 12 months. Results: The median follow-up was 52 months (range, 14-91 months). After RDN, 17 patients (70.8%) had a reduction >5 mmHg in the mean systolic blood pressure, at the first six months of follow-up. At 12 months, 20 patients (83.3%) were responders. Vitamin D levels at baseline (15.1±4.8 vs. 24.2±8.8 ng/ml) and at six months (16.6±7.2 vs. 25±9.2 ng/ml) were lower in early non-responders compared to early responders (p=0.008), without significant variation during follow-up. Even though Vitamin D levels were lower in the total responder's group, no statistically significant differences were found (p=ns). Conclusion: In patients with resistant hypertension, low vitamin D concentrations were associated with an absence of early response to RDN. Resumo: Introdução: A deficiência de vitamina D é um achado comum e poderá estar associada a hipertensão. A hipertensão resistente é uma condição clínica observada em 5-30% dos doentes hipertensos. A desnervação renal tem sido aplicada em doentes com hipertensão resistente e tem revelado um decréscimo da tensão arterial. O nosso objetivo é avaliar a resposta preditora da vitamina D na desnervação renal. Métodos: Estudo prospetivo, não randomizado e unicêntrico que incluiu 24 pacientes, entre 38 a 77 anos, tratados com desnervação renal (RDN). A vitamina D foi medida antes do procedimento e durante o seguimento dos pacientes. De acordo com a resposta a um ano, os pacientes foram classificados como respondedores ou não respondedores aos 6 ou 12 meses. Resultados: O seguimento mediano foi de 52 meses (intervalo, 14-91 meses). Após a RDN, 17 pacientes (70,8%) tiveram uma redução >5 mmHg na tensão arterial sistólica média nos primeiros seis meses de seguimento. Aos 12 meses, 20 pacientes (83,3%) foram respondedores. Os níveis basais de vitamina D (15,1±4,8 versus 24,2±8,8 ng/ml) e aos seis meses (16,6±7,2 versus 25±9,2 ng/ml) foram inferiores nos não respondedores precoces (p=0,008), sem variação significativa durante o seguimento. Apesar de os níveis de Vitamina D serem inferiores no grupo respondedor tardio, não foi encontrado diferença estaticamente significativa (p=ns). Conclusão: Em doentes com hipertensão resistente, baixas concentrações de vitamina D estão associadas a uma ausência de resposta precoce à desnervação renal.