Jornal Vascular Brasileiro (May 2022)

Tromboprofilaxia na cirurgia de varizes dos membros inferiores no Brasil

  • Alcides José Araújo Ribeiro,
  • Daniel Mendes-Pinto,
  • Fabiano Luiz Erzinger,
  • Rossano Kepler Alvim Fiorelli,
  • Stênio Karlos Alvim Fiorelli,
  • Andrea Campos de Oliveira Ribeiro,
  • Marcos Arêas Marques

DOI
https://doi.org/10.1590/1677-5449.202101721
Journal volume & issue
Vol. 21

Abstract

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Resumo Contexto Apesar de todo o investimento na profilaxia primária do tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes cirúrgicos nos últimos anos, ainda não existem diretrizes específicas para aqueles que serão submetidos a procedimentos para tratamento de varizes de membros inferiores. Objetivos Avaliar o perfil de conduta de profilaxia do TEV pelos cirurgiões vasculares brasileiros para procedimentos de tratamento de varizes de membros inferiores. Métodos Pesquisa de levantamento por envio de questionário eletrônico a cirurgiões vasculares brasileiros. Os respondentes foram divididos entre os que realizam tratamento de veias safenas por cirurgia convencional e os que realizam termoablação para fim de comparação entre os grupos. Resultados Entre os 765 respondentes, o tratamento de escolha das veias safenas foi a cirurgia convencional para 405 (53%), espuma ecoguiada para 44 (6%) e termoablação (endolaser ou radiofrequência) para 199 (26%). Os cirurgiões que realizam termoablação prescrevem mais farmacoprofilaxia após o procedimento que aqueles que preferem cirurgia convencional (67/199, 34% vs. 112/405, 28%; p = 0,002). O grupo termoablação estratifica o paciente quanto ao risco de TEV com mais frequência que o grupo cirurgia convencional (102/199, 51% vs. 179/405, 44%; p =0,004). Ambos os grupos usam mais frequentemente enoxaparina como medicação para profilaxia, porém o grupo termoablação usa mais anticoagulantes orais diretos proporcionalmente que o grupo cirurgia convencional (26% vs. 10%, p < 0,001). Conclusões Cirurgiões vasculares brasileiros que fizeram o tratamento de veias safenas por termoablação prescrevem farmacoprofilaxia com maior frequência e por um período mais prolongado do que os que realizaram o tratamento por cirurgia convencional.

Keywords