Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Jun 2022)

Alterações Longitudinais nos Níveis de Atividade Física e Parâmetros de Risco Cardiovascular em Pacientes com Doença Arterial Periférica Sintomática

  • Francielly Monteiro,
  • Marilia de Almeida Correia,
  • Breno Quintella Farah,
  • Diego Giuliano Destro Christofaro,
  • Paulo Mesquita Longano de Oliveira,
  • Raphael Mendes Ritti-Dias,
  • Gabriel Grizzo Cucato

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20210386
Journal volume & issue
Vol. 119, no. 1
pp. 59 – 66

Abstract

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Resumo Fundamento: Estudos transversais anteriores demonstraram que a atividade física está associada a menor risco cardiovascular em pacientes com doença arterial periférica (DAP). No entanto, não é possível estabelecer causalidade e estudos com desenho longitudinal são necessários. Objetivo: Analisar as alterações nos parâmetros de risco cardiovascular e níveis de atividade física após 2 anos de acompanhamento em pacientes com DAP sintomática. Métodos: O presente estudo teve início em 2015. Na primeira fase, foram incluídos 268 pacientes. Na segunda fase, após 2 anos (mediana = 26 meses), foram reavaliados 72 pacientes. Parâmetros de risco cardiovascular, como pressão arterial, modulação autonômica cardíaca e rigidez arterial, e níveis de atividade física foram medidos na linha de base e após 2 anos de acompanhamento. A associação entre as alterações delta (valores após 2 anos – valores da linha de base) na atividade física e nos parâmetros cardiovasculares foi analisada por meio de regressão linear múltipla. O nível de significância foi estabelecido em p < 0,05 com DAP. Resultados: Pacientes reduziram seus níveis totais de atividade física em comparação com a linha de base (linha de base = 2.257,6 ± 774,5 versus acompanhamento = 2.041 ± 676,2 min/semana, p = 0,001). Após o acompanhamento, o índice tornozelo-braquial (0,62 ± 0,20 versus 0,54 ± 0,20, p = 0,003) e o desvio padrão de todos os intervalos RR (43,4 ± 27,0 versus 25,1 ± 13,4 ms, p < 0,001) foram menores, enquanto a velocidade da onda de pulso carotídeo-femoral foi maior (9,0 ± 3,0 versus 10,7 ± 3,4 m/s, p = 0,002) em relação aos valores basais. Não observamos associação entre os valores delta dos níveis de atividade física e os parâmetros de risco cardiovascular. Conclusão: Pacientes com DAP tiveram níveis reduzidos de atividade física e comprometimento em relação aos parâmetros de risco cardiovascular após 2 anos de acompanhamento.

Keywords