Revista de Saúde Pública (Aug 2012)

A amamentação entre filhos de mulheres trabalhadoras El amamantamiento entre hijos de mujeres trabajadoras Breastfeeding among children of women workers

  • Aline Alves Brasileiro,
  • Gláucia Maria Bovi Ambrosano,
  • Sérgio Tadeu Martins Marba,
  • Rosana de Fátima Possobon

Journal volume & issue
Vol. 46, no. 4
pp. 642 – 648

Abstract

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OBJETIVO: Analisar benefícios trabalhistas e fatores associados à manutenção dos índices de amamentação entre mães trabalhadoras. MÉTODOS: A amostra foi constituída por 200 mulheres trabalhadoras formais que retornaram ao trabalho antes de a criança completar seis meses de vida, no município de Piracicaba, SP. Dentre as participantes, 100 díades mãe-lactente receberam orientações e apoio para a prática do aleitamento em um programa de prevenção em saúde bucal e as demais 100 díades foram abordadas em uma campanha de vacinação infantil. Foi realizada análise de regressão logística múltipla para identificar variáveis relacionadas ao desmame ao quarto mês de vida. RESULTADOS: A maior parte das participantes era primípara, passou por cesariana, iniciou a amamentação em menos de quatro horas após o parto e permaneceu com seu filho em alojamento conjunto. Tiveram mais chance de parar a amamentação: mães não participantes do programa de incentivo (OR = 3,04 [IC95% 1,35;6,85]), mães que não tinham intervalo de 30 minutos durante a jornada de trabalho (OR = 4,10 [IC95% 1,81;9,26]) e mães cujos filhos utilizavam chupeta (OR = 2,68 [IC95% 1,23;5,83]) ou mamadeira (OR =14,47 [IC95% 1,85;113,24]. CONCLUSÕES: As mães que participaram do grupo de incentivo à amamentação, não ofereceram chupeta e mamadeira aos filhos e tinham intervalo durante o trabalho pararam a amamentação após o quarto mês. Apoio, informações sobre o manejo da lactação e sobre seus direitos garantidos por lei, em conjunto com a ampliação do tempo de licença maternidade, poderão ter um importante papel na manutenção da prática do aleitamento materno.OBJETIVO: Analizar beneficios laboristas y factores asociados al mantenimiento de los índices de amamantamiento entre madres trabajadoras. MÉTODOS: La muestra fue constituida por 200 mujeres trabajadoras formales que retornaron al trabajo antes del niño completar seis meses de vida, en el municipio de Piracicaba, SP. Entre las participantes, 100 dúos madre-lactante recibieron orientaciones y apoyo para la práctica de la lactancia en un programa de prevención en salud bucal y los otros 100 dúos fueron abordados en una campaña de vacunación infantil. Se realizó análisis de regresión logística múltiple para identificar variables relacionadas al destete al cuarto mes de vida. RESULTADOS: La mayor parte de las participantes era primípara, pasó por cesárea, inició el amamantamiento en menos de cuatro horas posterior al parto y permaneció con su hijo en alojamiento conjunto. Tuvieron mayor probabilidad de parar el amamantamiento: madres no participantes del programa de incentivo (OR= 3,04 [IC95% 1,35;6,85]), madres que no tenían intervalo de 30 minutos durante la jornada laboral (OR= 4,10 [IC95% 1,81;9,26]) y madres cuyos hijos utilizaban chupete (OR= 2,68 [IC95% 1,23;5,83]) o tetero (OR= 14,47 [IC95% 1,85;113,24]). CONCLUSIONES: Las madres que participaron en el grupo de incentivo de la lactancia, no ofrecieron chupete y tetero a los hijos y tenían intervalo durante el trabajo pararon el amamantamiento posterior al cuarto mes. Apoyo, informaciones sobre el manejo de la lactancia y sobre sus derechos garantizados por ley, en conjunto con la ampliación del tiempo de licencia maternidad, podrán tener un papel importante en el mantenimiento de la práctica de la lactancia materna.OBJECTIVE: To analyze employment benefits and factors associated with the maintenance of breastfeeding indexes among working mothers. METHODS: The sample was constituted by 200 formal women workers who returned to work before the child had reached six months of life, in the city of Piracicaba (Southeastern Brazil). Among the participants, 100 mother-infant dyads received guidance and support for the practice of breastfeeding within an oral health prevention program, and the other 100 dyads were addressed in a child vaccination campaign. Multiple logistic regression analysis was carried out to identify variables related to weaning in the fourth month of life. RESULTS: The majority of the participants were primiparous women who underwent cesarean section, initiated breastfeeding within four hours after birth and stayed with their child in the room. The following women had higher odds of stopping breastfeeding: mothers not participating in the incentive program (OR = 3.04 [95%CI: 1.35;6.85]), mothers who did not have a 30-minute break during the working hours (OR = 4.10 [95%CI: 1.81;9.26]), and mothers whose children used pacifiers (OR = 2.68 [95%CI: 1.23;5.83]) or bottles (OR = 14.47 [95%CI: 1.85;113.24]. CONCLUSIONS: The mothers who participated in the breastfeeding incentive group, who did not offer pacifiers and bottles to their babies and who had a break during the working hours stopped breastfeeding after the fourth month. Support and information on lactation management and on their rights guaranteed by law, together with the increase in the length of maternity leave, may play an important role in maintaining breastfeeding.

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