Ciência Rural (Oct 2010)

Preservação da proteína verde fluorescente no tecido ósseo descalcificado Preservation of the green fluorescent protein on decalcified bone tissue

  • Jankerle Neves Boeloni,
  • Natália de Melo Ocarino,
  • Rafaela Chitarra Rodrigues Hell,
  • Guilherme Resende da Silva,
  • Alfredo Miranda Goes,
  • Dawidson Assis Gomes,
  • Rogéria Serakides

Journal volume & issue
Vol. 40, no. 10
pp. 2146 – 2150

Abstract

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A proteína verde fluorescente (GFP) foi originalmente descoberta no cnidário Aequorea victoria. Células-tronco GFP positivas podem ser rastreadas in vivo quando usadas na terapia de doenças. No entanto, no osso, a fluorescência gerada pela GFP pode ser perdida durante o processo de descalcificação, dificultando o rastreamento das células-tronco usadas no tratamento de doenças ou defeitos ósseos. O objetivo deste estudo foi comparar diferentes técnicas de preservação da GFP no tecido ósseo descalcificado. Foram utilizados fêmures de ratas GFP Lewis distribuídos em quatro grupos: 1) descalcificado em ácido fórmico e incluído em parafina; 2) descalcificado em ácido fórmico e submetido à criomicrotomia; 3) descalcificado em EDTA e incluído em parafina; e 4) descalcificado em EDTA com criomicrotomia. Secções de tecido ósseo de todos os grupos foram analisadas para identificação da fluorescência natural e posteriormente submetidas à imunofluorescência, sendo utilizados anti-GFP e Alexa Flúor 555. As imagens foram obtidas por microscopia confocal. Osteócitos, osteoblastos e células da medula óssea de ratos GFP somente tiveram sua fluorescência natural preservada no tecido ósseo descalcificado em EDTA e submetido à microtomia por congelação. Nos demais grupos, houve perda da fluorescência natural, e as células GFP somente puderam ser identificadas com o uso da reação de imunofluorescência com anti-GFP. Conclui-se que a descalcificação em EDTA e a criomicrotomia são as melhores técnicas para preservar a fluorescência natural das células GFP no tecido ósseo e que a visualização de células GFP em tecido ósseo descalcificado em ácido fórmico e incluído em parafina somente pode ser realizada com o uso da técnica de imunofluorescência.Green fluorescent protein (GFP) was originally derived from the cnidarians Aequorea victoria. GFP-positive stem cells can be tracked in vivo when used in the therapy of diseases. However, in the bone, the fluorescence generated by GFP can be lost during the decalcification process, hindering the tracking of stem cells used in the treatment of diseases or bone defects. The aim of this study was to compare different techniques of preservation of GFP in the decalcified bone tissue. Femurs of female Lewis GFP rats were distributed in four groups: 1) decalcified in formic acid and paraffin-embedded; 2) decalcified in formic acid submitted to cryomicrotomy; 3) decalcified in EDTA and paraffin-embedded and 4) decalcified in EDTA with cryomicrotomy. Sections of bone tissue of all the groups were analyzed for identification of the natural fluorescence and subsequently submitted to the immunofluorescence using anti-GFP and Alexa Flúor 555. The images were obtained by confocal microscopy. Osteocytes, osteoblasts and bone marrow cells of GFP rats only had natural fluorescence preserved in the bone tissue decalcified in EDTA and submitted to cryomicrotomy. In others groups there were loss of the natural fluorescence and the GFP cells could be only identified with the use of the immunofluorescence with anti-GFP. In conclusion, the decalcification in EDTA and the cryomicrotomy are the best techniques to preserve the natural fluorescence of the GFP cells in the bone tissue and the GFP cells in bone tissue decalcified in formic acid and paraffin-embedded can be visualized only with the use of the immunofluorescence with anti-GFP.

Keywords