Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science (Jan 2002)

Inquérito sobre os casos de miíase por Cochliomyia hominivorax em cães da zona sul do município do Rio de Janeiro no ano 2000

  • Bianca Chiganer Cramer-Ribeiro,
  • Argemiro Sanavria,
  • Marcelo Queiroz de Oliveira,
  • Fábio Silva de Souza,
  • Fernanda da Silva Rocco,
  • Patrícia Giupponi Cardoso

DOI
https://doi.org/10.1590/S1413-95962002000400002
Journal volume & issue
Vol. 39, no. 4

Abstract

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Um inquérito sobre os casos de miíase por larvas de Cochliomyia hominivorax (bicheira) em cães atendidos durante o ano 2000, em 34 clínicas e consultórios veterinários da Zona Sul do Município do Rio de Janeiro, foi realizado para identificar os fatores predisponentes a esta enfermidade e, assim, contribuir na compreensão de seus aspectos epidemiológicos e na sua prevenção. Trinta e um estabelecimentos veterinários consultados atenderam pelo menos um caso de miíase em cães durante 2000. Os cães de raça definida, adultos e com pelagem longa e escura, residentes em casas, foram os mais acometidos, enquanto não foi observada predileção por sexo. Os ouvidos foram o local do corpo mais afetado pelas miíases, devido a otites. Os meses mais quentes do ano foram mencionados como os de maior ocorrência. A maioria dos proprietários não tentou tratar seus animais por conta própria e, com o tratamento adequado da ferida, prescrito pelo médico veterinário, o período de cura foi curto e não houve complicações durante e após o tratamento. Apesar das miíases serem consideradas uma conseqüência da negligência do proprietário, alguns cães já tinham apresentado esta enfermidade anteriormente. Devem ser desenvolvidos programas preventivos baseados nos fatores predisponentes identificados em inquéritos, tais como características fenotípicas dos animais mais acometidos e locais do corpo mais afetados. Causas que favoreçam a instalação de miíases, tais como otites e feridas diversas, devem ser controladas e a higiene ambiental deve ser mantida. Além disso, é necessária a intensificação dos programas preventivos nos períodos de maior incidência da enfermidade.

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