Revista de Ciências do Estado (Dec 2019)

Entre a seda e a nota

  • Rafael Quirino Oliveira Gonçalves,
  • Camila Aparecida Penaforte,
  • Gisele Silva Costa

Journal volume & issue
Vol. 4, no. 2

Abstract

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O presente trabalho visa compreender qual o papel das mulheres no tráfico de drogas a partir da base de dados produzida na PIEP[1] pelo CRISP-UFMG[2] através de survey e de entrevistas, em pesquisa intitulada “Amor bandido é chave de cadeia?”. A metodologia usada é a quantitativa, a partir dos dados do survey uma análise das frequências, de modo a identificar quais são os modos de atuação das mulheres presas nas redes de tráfico. Foi tomado como referência teórica os estudos de Lúcia Lamounier Sena (2015) para pensar as dinâmicas das redes de tráfico e os estudos de Manuela Valência e Helena Castro (2018), para pensar as formas de analisar as informações sobre um presídio específico e compreender a atuação feminina na dinâmica do tráfico. Após as análises dos dados chegamos à conclusão que as mulheres se ligam ao tráfico por meio de sua rede social, por convite de amigos, familiares, companheiros e vizinhos. Além disso, o flagrante policial é determinante na construção do crime, ao mesmo tempo em que essas mulheres são detidas com drogas, dinheiro, mas na maioria dos casos sem fazer o uso de armas de fogo, o que demonstra a atuação desligada da violência, e voltada para atendimento de demandas sócio-econômicas que praticamente obrigam essas mulheres a se ligar a uma rede de tráfico de drogas. [1] Complexo Penitenciário Estevão Pinto. [2] Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública

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