Revista Debates (Aug 2024)

A força do luto, o poder da memória: resistência do migrante ao extremismo e à violência

  • Cibele Cheron ,
  • Alexandre Anselmo Guilherme ,
  • Pedro Llantada Nunes ,
  • Gabriela Fraporti Dall’Agnol

DOI
https://doi.org/10.22456/1982-5269.141428
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 2
pp. 24 – 37

Abstract

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O presente estudo analisa a vivência do luto como estratégia pedagógica de resistência do sujeito migrante às violências perpetradas pelo Estado e por grupos radicalizados de extrema-direita. A reificação dos sujeitos considerados indesejados e a adoção de uma lógica cinegética a partir da qual o Estado se converte em predador e, os ditos indesejados, em presas, são relacionadas à ascensão da extrema-direita nos últimos decênios. Discutem-se as perspectivas críticas de Theodore Adorno e Paulo Freire para dar suporte à proposta da escrita como trabalho de luto com potencial para, através de uma educação voltada à emancipação, construir a memória, afirmar a identidade e reivindicar a condição humana inalienavelmente digna do sujeito migrante.

Keywords