Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (Jun 2006)

Tratamento da recidiva da leucemia mielóide crônica após transplante de medula óssea alogênico utilizando mesilato de imatinibe: relato de três casos Treatment of chronic myelogenous leukemia relapse after allogeneic bone marrow transplantation with imatinib mesylate: report of three cases

  • Ronald Pallotta,
  • Denize F. Lima,
  • Flávia Cal,
  • Maiana Almeida,
  • Mônica Conchon

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-84842006000200019
Journal volume & issue
Vol. 28, no. 2
pp. 157 – 160

Abstract

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O mesilato de imatinibe (MI), inibidor seletivo da tirosinoquinase envolvido na patogênese da leucemia mielóide crônica (LMC), tem se constituído como terapia farmacológica de primeira linha para o tratamento desta doença. A infusão de linfócitos do doador (DLI) tem sido considerada como tratamento padrão para recidiva da LMC após transplante de medula óssea (TMO) alogênico, apesar de estar freqüentemente associado à ocorrência de doença do enxerto contra hospedeiro e mielossupressão. Por apresentar resultados satisfatórios e boa tolerabilidade no tratamento da LMC, os autores empregaram o mesilato de imatinib como terapêutica alternativa à DLI em pacientes que sofreram recidiva após o TMO. Obtiveram sucesso em dois casos, sendo que em um houve retorno comprovado do quimerismo do doador. No terceiro caso houve progressão da doença e o paciente foi encaminhado para segundo TMO. Desta forma, devido ao caráter recente do tema, este estudo descritivo sugere que esta opção terapêutica possa ser estudada como alternativa na recaída pós-TMO.Imatinib mesylate (MI), a selective tyrosine kinase inhibitor involved in the pathogenesis of chronic myelogenous leukemia (CML), has become the first-line treatment for this disease. Donor lymphocyte infusion (DLI) has been considered as the standard treatment for relapse after allogeneic bone marrow transplantation (BMT), even though it is frequently associated with graft versus host disease and myelosuppression. Because of the satisfactory results and tolerance of the treatment of CML, the authors used MI as an alternative therapy for DLI in patients that relapsed after BMT. They obtained cytogenetic remission in two cases, with, in one case, proven conversion to the donor chimera. The third case evolved with progression of the disease and a second BMT was required. Since this is a new alternative, this descriptive study suggests it should be considered as an alternative therapy for relapse after BMT.

Keywords