Belas Infiéis (Jan 2020)

Malcolm Lowry no ocaso do Império

  • Nair María Anaya Ferreira,
  • Mara Gonzalez Bezerra,
  • Andréa Cesco

DOI
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v9.n1.2020.22998
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 1
pp. 187 – 203

Abstract

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Este artigo propõe uma leitura de À sombra do Vulcão, de Malcolm Lowry, centrada na importância da história moderna e na presença do Império Britânico na narrativa do último dia de Geoffrey Firmin. Seguindo a noção de uma “leitura contrapontística” dos textos canônicos ingleses, formulada por Edward Said, discuto que, por ter nascido na Índia, o Cônsul (britânico) não consegue ter um sentido de pertencimento à Grã Bretanha, senão que se encontra em uma situação intersticial e liminar que antecipa a ruptura entre uma identidade imperial e uma identidade nacional, uma das maiores problemáticas abordadas nos estudos teóricos atuais sobre a identidade (especialmente nos estudos pós-coloniais). A partir desta perspectiva, a ênfase na situação imperial permite uma leitura que rompe com as interpretações do México como um “paraíso infernal” que perpetuou o estereótipo do nosso país mesmo em estudos críticos sobre o romancista.

Keywords