Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)
INIBIÇÃO DA VIA HGF/MET NO NICHO DA MEDULA ÓSSEA REPRESENTA POTENCIAL ALVO TERAPÊUTICO PARA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA
Abstract
Objetivos: O fator de crescimento de hepatócitos (HGF) é um mitógeno secretado por células estromais mesenquimais (MSCs) que regula o crescimento, a motilidade e a morfogênese celular. No microambiente tumoral da medula óssea (MO) (nicho), o HGF interage com o receptor MET nas células leucêmicas ativando vias de sinalização que contribuem para a resistência quimioterápica e, consequentemente, o desenvolvimento de novos compostos que atuam na interação HGF/MET, torna-se crucial para o tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA). Assim, investigamos os efeitos de três novos inibidores de MET, B2000, B6000 e C1000 (Brigham University, WO 2011/127192 A2) in vitro e in vivo. Métodos: Células mononucleares da medula óssea humana (BMNCs) de pacientes com LMA e doadores saudáveis (HD) e linhagens leucêmicas (OCI-AML3, MOLM-13) foram tratadas com inibidores de MET e as taxas de apoptose foram avaliadas. O valor de IC50 foi calculado através de resultados de ensaios de viabilidade. A expressão proteica de HGF foi avaliada por imunofluorescência. In vivo, camundongos portadores de LMA agressiva foram tratados com os inibidores de MET (10 mg/kg; 1x/dia; 5 dias) e medula óssea, sangue periférico e baço foram coletados. Um sistema 3D que mimetiza o nicho da MO foi desenvolvido usando uma esponja hemostática para cultura de células estromais mesenquimais (MSCs), células endoteliais da veia umbilical humana (HUVECs) e células leucêmicas. Análises de sinergia foram realizadas usando o pacote Synergy Finder em R. Resultados: Os inibidores promoveram apoptose de BMNCs de pacientes com LMA (p 10). Conclusão: Nossos achados pré-clínicos sugerem que inibidores de MET representam uma classe de agentes terapêuticos com potencial para melhorar significativamente o tratamento de pacientes com LMA. A combinação com Venetoclax pode oferecer uma opção terapêutica mais eficaz e com menor toxicidade, aumentando as chances de cura e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Apoio: FAPESP #2017/21801-2, #2019/25247-5, #2021/05320-0; CNPq #303405/2018-0.