Jornal Vascular Brasileiro (Jan 2010)

Fístula aortoesofágica após correção endovascular da dissecção de aorta torácica tipo B de Stanford Aortic-esophageal fistula after endovascular repair of Stanford type B thoracic aortic dissection

  • Cláudia Gurgel Marques,
  • Alexandre Fioranelli,
  • Gustavo Politzer Telles,
  • Paulo Saad,
  • Alvaro Razuk Filho,
  • Valter Khegam Karakhanian,
  • Valter Castelli Junior,
  • Roberto Augusto Caffaro

DOI
https://doi.org/10.1590/S1677-54492010000100009
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 1
pp. 51 – 56

Abstract

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A correção endovascular da dissecção de aorta tipo B tem se mostrado como uma nova alternativa para reduzir o trauma cirúrgico. No entanto, as complicações de médio e longo prazo, tais como a fístula aortoesofágica, são ainda pouco conhecidas e pouco relatadas. O objetivo deste trabalho é descrever três casos de fístula aortoesofágica após o tratamento endovascular de 23 casos de dissecção de aorta descendente conduzidos pela equipe de Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo em um estudo retrospectivo. Esses pacientes apresentavam características em comum, como dissecção crônica, pós-operatório imediato sem intercorrências, necessidade de reintervenções, oclusão de troncos arteriais como a artéria subclávia, mesentérica, tronco celíaco, e, ainda, uma rápida evolução para o óbito após os primeiros sinais de fístula. Portanto, embora raramente descrita na literatura, a ocorrência de fístula aortoesofágica é uma complicação de causa até o momento indefinida do tratamento endovascular da dissecção de aorta descendente que merece atenção, dada sua recorrência e evolução fatal.Endoluminal stent-graft for type B aortic dissection is a new alternative to reduce surgical trauma. However, medium- and long-term complications are still little known and poorly reported, such as the aortic-esophageal fistula. The objective of this study is to describe three cases of aortic-esophageal fistula after the endovascular treatment of 23 cases of descending aortic dissection conducted by the vascular surgery team of Santa Casa de São Paulo in a retrospective study. These patients presented some common characteristics: chronic dissection, successful early outcome, need of reinterventions, occlusion of arterial trunks such as subclavian artery, mesenteric artery, celiac trunk, and finally, a fast fatal course after the first fistula-related symptoms. Therefore, despite rarely described in the literature, aortic-esophageal fistula is a complication of the endovascular treatment of descending aortic dissection which demands attention due to its unpredictability, recurrence, and fatal outcome.

Keywords