Revista Brasileira de Zootecnia (Jan 2001)
Níveis de proteína bruta para leitoas dos 30 aos 60 kg mantidas em ambiente de alta temperatura (31ºC)
Abstract
O experimento foi conduzido para avaliar níveis de proteína bruta (PB) para leitoas em crescimento, mantidas em ambiente de alta temperatura. A temperatura interna da sala foi mantida em 30,7 ± 0,61°C; a umidade relativa, em 66,4 ± 7,7%; e o índice de temperatura de globo e umidade (ITGU) foi calculado em 81,1 ± 1,36. Foram utilizadas 40 leitoas mestiças, com peso inicial médio de 29,7 ± 1,60 kg, em delineamento de blocos ao acaso com cinco tratamentos (16, 17, 18, 19 e 20% de PB), quatro repetições e dois animais por unidade experimental. As rações experimentais isoenergéticas (3400 kcal de ED/kg de ração) foram formuladas para satisfazer as exigências dos animais, exceto em PB. Ração e água foram fornecidas à vontade até o final do experimento, quando os animais atingiram peso médio de 60,0 ± 1,93 kg. Os tratamentos não influenciaram o ganho de peso. Entretanto, a conversão alimentar melhorou de forma quadrática até o nível de 18,26%. Os consumos diários de proteína e lisina aumentaram linearmente em razão do nível de PB da ração, porém não se observou efeito dos tratamentos sobre os consumos de ração e de energia digestível diários. A taxa de deposição diária de gordura (TDG) na carcaça variou de forma quadrática, reduzindo até o nível de 19,48% de PB, enquanto a de proteína (TDP) aumentou de forma linear. Apesar dos efeitos quadrático e linear dos tratamentos sobre a TDG e a TDP, respectivamente, o modelo "Linear Response Plateau" (LRP) foi o que melhor se ajustou aos dados, estimando-se em 18,38 e 18,12% os níveis de PB, a partir dos quais a TDG e a TDP permaneceram em um platô. Leitoas em crescimento, mantidas em ambiente de alta temperatura, exigem 18,26% de PB na ração para melhor desempenho e composição de carcaça.