Revista Brasileira de Plantas Medicinais (Jan 2016)

Compostos fenólicos da casca de Handroanthus heptaphyllus (Mart.) Mattos e efeitos do extrato aquoso no perfil lipídico, glicêmico e na lipoperoxidação em ratos diabéticos

  • B.S. GROCHANKE,
  • I.T.S. GEHRKE,
  • P.B. GOETTEMS-FIORIN,
  • M.A. BRUXEL,
  • E.G.P. BASSO,
  • T.G. HECK,
  • M.S. LUDWIG

DOI
https://doi.org/10.1590/1983-084X/15_129
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 1 suppl 1
pp. 264 – 272

Abstract

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RESUMO A preocupação com o tratamento do Diabetes mellitus (DM) leva a uma crescente busca por terapias alternativas, como o uso de plantas medicinais, entre as quais, destaca-se o uso de Handroanthus heptaphyllus (Mart.) Mattos (popular Ipê roxo). Neste estudo realizamos a investigação química da presença de compostos fenólicos em H. heptaphyllus e o efeito do tratamento com o extrato aquoso da casca desta planta em parâmetros bioquímicos e nos níveis de lipoperoxidação tecidual e plasmática em animais diabéticos. Metodologia: Ratos Wistar machos foram submetidos ao desenvolvimento do quadro de DM por meio da administração intraperitoneal (IP) de Aloxano monohidrato (150 mg/Kg IP). Após a confirmação de hiperglicemia (>200 mg dL-1), os animais foram distribuídos nos grupos Diabético (D; n=6) e Diabético Tratado (DT; n=6). O tratamento consistiu na administração diária do extrato aquoso da casca de H. heptaphyllus via oral (v.o.) (150mg/Kg v.o.) por quatro semanas. O extrato aquoso foi analisado qualitativamente por cromatografia de camada delgada. Resultados: A análise qualitativa do extrato aquoso da casca indicou a presença de compostos fenólicos da subclasse flavonoides. O tratamento com o extrato aquoso reduziu a glicemia de jejum a partir da 3ª semana de tratamento, melhorou a resposta glicêmica à sobrecarga de glicose, diminuiu os níveis de triglicerídeos e índice LDL (Triglicerídeos/HDL). Estes resultados sugerem o uso terapêutico do extrato aquoso das cascas de H. heptaphyllus no tratamento do DM.

Keywords