Evidência (Sep 2023)

Análise físico-química e nutricional de farinha à base de coprodutos da abóbora (Cucurbita moschata)

  • Tiago Soares,
  • Ligianara Veloso de Moura,
  • Laís Lima Castro Abreu,
  • Jurandy do Nascimento Silva,
  • Gabriela Almeida de Paula,
  • Stella Regina Arcanjo Medeiros ,
  • Joilane Alves Pereira Freire

DOI
https://doi.org/10.18593/evid.32775

Abstract

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Coprodutos como a casca e semente da abóbora são resíduos agroindustriais geralmente dispensados pelas indústrias processadoras de vegetais. Pesquisas atuais demonstram relevância de farinhas com alto teor de nutrientes, significativamente superior à polpa provindas de coprodutos. O presente trabalho objetivou determinar caraterísticas de composição centesimal, nutricional e antioxidante de farinhas advindas de coprodutos de abóbora (Cucurbita moschata). Determinou-se teores de umidade, cinza, pH, proteínas, lipídeos, carboidratos, amido danificado, compostos fenólicos, flavonoides, capacidade antioxidante total (CAOT) por redução do fosfomolibdênio e capacidade sequestrante do radical 1,1-difenil-2- picrihidrazil (DPPH). Todas as farinhas apresentaram teor de umidade semelhantes e em consonância ao estipulado pela ANVISA. Os resultados in vitro expressam uma maior quantidade de cinzas, proteínas e lipídeos na Farinha da Semente de Abóbora (FSA) em relação as Farinha da Casca de Abóbora (FCA) e Farinha da Polpa de Abóbora (FPA), em contrapartida as FCA e FPA apresentaram maiores teores de carboidratos e a FPA obteve um relevante teor amido danificado em relação as demais farinhas. A FCA apresentou maior teor de fenólicos totais em todas as concentrações, em relação aos teores de flavonoides a FSA foi superior às demais na concentração de 1% e menor que FCA+FSA em 5%. As FCA obtiveram maior CAOT nas concentrações em todas as concentrações e em 10% os resultados foram semelhantes para FCA e FCA+FSA. Os extratos da FCA e FSA apresentaram maior capacidade sequestrante do radical DPPH na contração de 5% e a menor ação antioxidante foi apresentada pela FSA em todas as concentrações do extrato. As farinhas apresentaram elevado teor de cinzas, proteínas, lipídeos e carboidratos, além de potencial antioxidante relevante, podendo contribuir para a redução do estresse oxidativo causado por radicais livres e sugere-se que seu uso como ingrediente alimentício é uma possibilidade interessante visto a alternativa de agregar valor ao resíduo.

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