Revista Brasileira de Cancerologia (Mar 2021)
Métodos Não Farmacológicos para o Manejo da Dor em Oncologia Pediátrica: Evidências da Literatura
Abstract
Introdução: A dor em crianças com doenças malignas relaciona-se à própria doença ou aos procedimentos diagnóstico-terapêuticos. Independentemente da causa, a criança deve ter a sua dor adequadamente tratada. Acredita-se que o controle adequado da dor ocorra em 70% a 90% dos casos, quando se empregam terapias específicas, incluindo-se a combinação de analgésicos e intervenções não farmacológicas. Objetivo: Identificar na literatura especializada métodos não farmacológicos atuais para o manejo da dor em oncológica pediátrica. Método: Revisão integrativa da literatura, com artigos selecionados entre os anos de 2008 e 2018, nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Web of Science e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL). Analisaram-se 11 artigos, selecionados com base nas recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: Três categorias sintetizaram os principais resultados, a saber: dor em oncologia pediátrica e instrumentos de avaliação; benefícios das terapias complementares para o manejo da dor oncológica pediátrica; e efeitos adversos das terapias complementares. Conclusão: Considerando-se a dor como um sintoma debilitante para a população pediátrica em tratamento oncológico, é necessário que as avaliações feitas pelos profissionais da saúde sejam fidedignas às suas características para o manejo adequado. O manejo da dor não se limita apenas às terapias farmacológicas, algumas intervenções levantadas podem complementar a ação dos medicamentos para pacientes, com vistas a minimizar a dor e o sofrimento vivenciado por esses pacientes, além de evitar a tolerância e a sobrecarga do organismo, decorrente do uso excessivo de analgésicos.
Keywords