RevSALUS (Jan 2024)
Auto-extração ou plano duro no resgate da vítima de trauma no extra-hospitalar: scoping review
Abstract
Introdução: Atualmente, as lesões traumáticas foram consideradas uma das dez principais causas morte no mundo constituindo um problema de saúde pública. Os acidentes de viação constituem 3,5% das mortes registadas em Portugal. As incidências destes sinistros potenciaram a necessidade de elaboração de medidas de prevenção e abordagem. Nesse sentido, a metodologia “ABCDE” e as técnicas de extração, como: autoextração e extração com recurso ao plano duro são hipóteses a considerar nestes cenários. Objetivo: Mapear e analisar a evidência disponível acerca da utilização do plano duro e da autoextração enquanto técnicas de extração no extra-hospitalar. Material e métodos: Revisão scoping segundo o protocolo do instituto Joanna Briggs, com frase de pesquisa "[(Trauma) OR (multiple trauma) OR (Spinal Cord Injuries) OR (Trauma, Nervous System)] AND [(Emergency Treatment) OR (Advanced Trauma Life Support Care) OR (First Aid) OR (Transportation of Patients) OR (Emergency Nursing) OR (Emergency Medical Services) OR (Emergency Medicine) OR (Emergency) OR (Emergency Responders) OR (Paramedics)] AND [(Immobilization) OR (Backboard) OR (Stability) OR (Board)]”. Realizada nas bases de dados MEDLINE, CINAHL e Cochrane Database of Sysematic Reviews com critérios de inclusão os artigos compreendidos entre 2018 e 2023 em Português, Espanhol e Inglês. Após a exclusão dos duplicados e da leitura do título, resumo e texto integral, a pesquisa resultou para análise 5 artigos. Resultados: Foram obtidos 865 artigos, tendo sido integrados 5 na revisão. A elevada incidência de acidentes de viação que requerem assistência desencadeou investigações, que denotam um agravamento das lesões da coluna cervical durante a abordagem e o transporte, afirmam que a taxa de mortalidade é superior nas vítimas imobilizadas por fatores, tais como, o tempo despendido no local. A autoextração, assim como, as extrações com o plano duro são aplicáveis, desde que obedeçam a critérios como: estado de consciência da vítima, cinemática do sinistro, estado clínico e sintomatologia. Conclusão: Constatou-se que ambas abordagens têm aplicabilidade, contudo, tendo em conta a inexistência de consenso e pouca evidência científica disponibilizada, devem-se desenvolver novas investigações, como: estudos longitudinais e experimentais para serem construídos protocolos de abordagem às vítimas de trauma, com vista à homogeneização cuidados nos diferentes contextos no extra-hospitalar.
Keywords