Brazilian Journal of Infectious Diseases (Jan 2022)

MORTALIDADE EM PACIENTES ADMITIDOS POR COVID-19 NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL GERAL DE CAXIAS DO SUL

  • Viviane Raquel Buffon,
  • Alexandre Jose Gonçalves Avino,
  • Carolina Dalla Santa Dal Moro,
  • Laura Leonetti Leite,
  • Marjoriê Aparecida Dalla Lana,
  • Emerson Boschi,
  • Luciano Selistre,
  • Rafael Lessa,
  • Bruna Kochhann Menezes

Journal volume & issue
Vol. 26
p. 101804

Abstract

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Introdução/Objetivo: O SARS-COV-2 mostrou-se uma grave ameaça à saúde global. O grande número de infectados desencadeou altas taxas de mortalidade e sobrecarga do sistema de saúde. O prognóstico da doença é muito variável e dependente de diversos fatores. Dessa forma, neste trabalho buscou-se identificar a mortalidade dos pacientes por covid-19 admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva em um hospital brasileiro, bem como suas características clínicas e epidemiológicas. Métodos: Trata-se de pesquisa observacional, transversal, retrospectiva, descritiva e pretende analisar o desfecho de mortalidade em pacientes COVID-19, no Hospital Geral da Fundação Universidade de Caxias do Sul. Os critérios de inclusão foram período de internação entre 1 de abril de 2020 e 30 de abril de 2021, idade maior de 18 anos, internação em UTI adulto por no mínimo 24 horas e testagem positiva para COVID-19. Foram avaliados dados como o sexo, comorbidades prévias e tempo de internação em UTI. Resultados: Foram avaliados 170 pacientes, sendo que 55,5% do sexo masculino. A idade média foi 59 anos - 57 para mulheres e 61 para homens. 55% evoluiram a óbito em decorrência de complicações da infecção, 33% do homens e 21% mulheres. A idade média para mulheres foi de 62 anos e para os homens, 64 anos. O tempo de internação em UTI até o óbito foi em média 16 dias (13 para mulheres e 16 para homens). Desses pacientes, 87% possuiam comorbidades, sendo as três mais prevalentes a hipertensão arterial sistêmica (59%), a obesidade (41%) e o diabetes mellitus (40%). Conclusão: Podemos inferir que o desfecho mais prevalente foi o óbito. Desses, o perfil mais prevalente foi de homens idosos. Os pacientes do sexo masculino que necessitaram de internação em UTI e foram a óbito, possuíam idade mais avançada do que os pacientes do sexo feminino. Concluímos que uma elevada porcentagem de pacientes com o desfecho de óbito possuíam pelo menos uma comorbidade associada, sendo as mais frequentes a hipertensão arterial, a obesidade e a diabetes.