Cadernos de Saúde Coletiva (Jan 2022)

O impacto demográfico e seus diferenciais por sexo nos custos assistenciais da saúde suplementar no Brasil

  • Lucilvo Flávio dos Santos Borba Filho,
  • Pamila Cristina Lima Siviero,
  • Luana Junqueira Dias Myrrha

DOI
https://doi.org/10.1590/1414-462x202199010299

Abstract

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Resumo Introdução As consequências do processo de Transição Demográfica afetam a demanda por saúde e, por conseguinte, o setor de saúde suplementar. Objetivo Examinar as consequências futuras do envelhecimento populacional e dos ganhos em longevidade, diferenciados por sexo, nos custos assistenciais das operadoras de planos de saúde. Para tanto, utilizaram-se os dados disponibilizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Método Utilizou-se o modelo de padronização, entre 2016 e 2045, variando apenas a estrutura etária populacional. Resultados Os resultados indicam que o processo de envelhecimento populacional é mais acentuado para a população feminina e mais intenso entre os beneficiários dos planos individuais/familiares se comparados aos dos planos coletivos. As internações e os exames complementares permanecerão os mais onerosos entre os itens assistenciais. Em relação aos impactos da longevidade, constatou-se que os maiores gastos esperados de usuários com mais de 59 anos de idade até a morte são com as internações e entre as mulheres, nos planos individuais/familiares. Conclusão O envelhecimento populacional e aumento de longevidade, principalmente para mulheres, vão impactar os custos dos planos de saúde, com maior intensidade os individuais/familiares. A saúde suplementar precisa se preparar para os desafios demográficos impostos aos custos futuros, buscando políticas capazes de minimizá-los.

Keywords