Pesquisa Agropecuária Brasileira (Jun 2004)
Carbono da biomassa microbiana em solo cultivado com soja sob diferentes sistemas de manejo nos Cerrados Microbial biomass carbon in soil cultivated with soybean, under different management systems in Cerrado
Abstract
O objetivo deste trabalho foi quantificar o carbono da biomassa microbina de solo, cultivado com soja em diferentes sistemas de manejo. Os sistemas de manejo foram semeadura direta, uma gradagem, subsolagem e duas gradagens, realizadas num Latossolo Vermelho-Amarelo argiloso. As amostras de solo foram coletadas em cinco profundidades (0-5, 5-10, 10-20, 20-30 e 30-40 cm) e em quatro épocas (antes do preparo do solo, 30 dias após a germinação, floração e após a colheita da soja). Foram coletadas, também, amostras de solo na mesma profundidade e na mesma época, em uma área de vegetação nativa (Cerrado sensu strictu), adjacente ao experimento. A subsolagem apresentou os maiores valores de carbono aos 30 dias após a germinação (865,7 mg kg-1 de solo). Este valor foi reduzido para 80,3 mg kg-1 de solo na floração. Os valores de carbono na semeadura direta mantiveram-se mais estáveis, principalmente na camada de 0-20 cm. As camadas de 0-5 e 5-10 cm apresentaram diferença na maioria das épocas estudadas e das demais camadas. A subsolagem mostrou o menor valor do carbono orgânico do solo, após a colheita da soja. Não houve correlação entre a relação carbono da biomassa microbiana/carbono orgânico e os nutrientes do solo na subsolagemThe aim of this study was to quantify soil microbial biomass carbon in a soybean crop under different soil management systems no-tillage, single harrowing, subsoiling and two harrowing, on a clay Red-Yellow Latossol in the Cerrado region. Soils were studied at five depths 0-5, 5-10, 10-20, 20-30 and 30-40 cm. Four periods were observed before soil preparation; 30 days after germination; flowering stage and after harvesting soybean plants. The same measurements were taken under the same conditions in an area of native cerrado vegetation, adjacent to the experiment (Cerrado sensu strictu). Subsoiling showed highest carbon values 30 days after germination (865.7 mg kg-1 of soil). This was reduced to less than 10% (80.3 mg kg-1) at flowering. The carbon values were more stable in the no-tillage system, mainly in the 0-20 cm layer. The layers 0-5 cm and 5-10 cm showed significantly higher carbon values compared with other layers in most of the studied periods and depths. Subsoiling showed the lowest soil organic carbon level after soybean harvesting. Only in the system with subsoiling there was no significant correlation between the microbial carbon organic carbon index and soil nutrients.
Keywords