Revista Tamoios (Dec 2016)

AS PRÁTICAS EDUCATIVAS EM AGROECOLOGIA DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST) E OS DESAFIOS FRENTE AS ORDENS IMPOSTAS PELO CAPITALISMO NO CAMPO BRASILEIRO

  • Claudia Maria Bernava Aguillar,
  • Maria Alda Barbosa Cabreira

DOI
https://doi.org/10.12957/tamoios.2016.22841
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 2

Abstract

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O cenário atual do campo brasileiro faz parte do processo de inserção e intervenção das práticas impostas pelo modo de produção capitalista, capitaneadas pela classe dominante burguesa, que têm como projeto articulador, a implantação e implementação da chamnada "revolução verde", a qual revela as políticas ofensivas para dinamizar e aumentar a concentração de riquezas por meio da produção e reprodução do capital, em detrimento da luta dos trabalhadores rurais pelo acesso à terra e o cumprimento de sua função social. Para enfrentar o desafio de minimizar as ofensivas do capital, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) criou a educação agroecologica, com o objetivo de conceber as manipulações embutidas nas contradições impostas pelo sistema, como a falta de interação das disciplinas e a fragmentação do conhecimento em virtude da falta de organicidade dos professores, a dificuldade de apropriação teórica dos alunos, a falta de investimentos para a manutenção das escolas e incentivos à pesquisa em agroecologia. As práticas educativas em Agroecologia do MST, frente às políticas neoliberais impostas pela classe dominante, se constituem no foco das reflexões iluminadas pela fundamentação teórica e a pesquisa exploratória, as quais contribuem para a análise das questões postas.