Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Apr 2004)
Micrometástases de carcinoma da mama em linfonodos axilares: detecção por imunoistoquímica versus hematoxilina e eosina Micrometastasis in axillary lymph node in breast cancer: immunohistochemistry versus hematoxylin and eosin detection
Abstract
INTRODUÇÃO: Os métodos de detecção e o significado prognóstico das micrometástases (Mic-Met) em linfonodos axilares (LA) de pacientes com carcinoma mamário invasor são controversos na literatura. OBJETIVOS: Comparar a detecção de micrometástases de carcinoma mamário em LA através de segunda revisão de lâminas coradas por hematoxilina e eosina (HE) e comparar com a detecção imunoistoquímica (IHQ) e seu impacto no restadiamento das pacientes. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 190 casos de carcinoma mamário inicialmente diagnosticados como linfonodo-negativos, com reavaliação dos linfonodos em lâminas coradas por HE e IHQ para pancitoqueratina (clone AE1/AE3) e método streptavidina-biotina-peroxidase (LSAB+). RESULTADOS: Foram revistos 2.868 linfonodos corados por HE (média = 15,1 linfonodos/paciente) e 2.444 linfonodos corados por IHQ (média = 12,9 linfonodos/paciente). Micrometástases foram detectadas em 28/190 casos, sendo que a detecção por IHQ (25/190 casos; 13,2%) foi superior à detecção por HE (14/190 casos; 7,4%). A revisão de lâminas coradas por HE apresentou boa especificidade (98,2%), mas baixa sensibilidade (44%) em relação à IHQ (considerada padrão-ouro). Conclusão: A detecção de Mic-Met foi maior por imunoistoquímica do que por segunda leitura de lâminas, e gerou mudança no estadiamento de 28 pacientes (14,7%).INTRODUCTION: The methods of detection and prognostic significance of micrometastasis (Mic-Met) are still controversial in the literature. AIMS: The aim of our study was to compare micrometastasis detection of invasive mammary carcinomas (IMC) in axillary lymph nodes using a second review (double review) of hematoxylin and eosin (HE) stained slides using immunohistochemistry (IHC) and the impact of micrometastasis detection in re-staging patients. MATERIAL AND METHODS: We studied 190 cases of IMC with no axillary metastasis described in the original reports. We reviewed the available HE stained slides of lymph nodes. New sections were obtained from archived paraffin blocks and were submitted for IHC using the pancytokeratin antibody AE1/AE3 and the streptavidin biotin peroxidase method. RESULTS: We reviewed 2868 lymph nodes stained by HE (mean = 15.1 lymph nodes/patient) and 2.444 lymph nodes stained by IHC (mean = 12.9 lymph nodes/patient). Micrometastasis were detected in 28/190 cases, (by HE in 14/190 cases, 7.4%, and by IHC in 25/190 cases, 13.2%). The second review of the HE stained slides showed good specificity (98.2%), but low sensitivity (44%), when compared to IHC (considered the gold standard). Conclusions: The detection of micrometastasis was better using immunohistochemistry than second review, and changed the stage of 28 patients (14.7%).
Keywords