Ciência e Agrotecnologia (Apr 2009)
Identificação de variantes somaclonais em bananeiras 'Prata Anã', utilizando técnicas moleculares e citogenéticas Identification of somaclonal variants in 'Prata Anã' banana using molecular and cytogenetic techniques
Abstract
Variação somaclonal é uma variação fenotípica de origem genética, ou seja, uma variação cromossômica que se torna herdável nas gerações seguintes, ou epigenética, que é uma variação transitória devido ao estresse fisiológico que o material sofre, quando submetido ao cultivo in vitro. Um problema específico envolvendo a variação somaclonal em bananeiras 'Prata Anã' foi observado em Andradas, Minas Gerais, em plantas oriundas de micropropagação. A maior dificuldade na separação dos indivíduos normais e variantes é que os caracteres morfológicos, que são inerentes a este tipo de variação, só se tornam evidentes quando a planta está adulta, o que impossibilita a eliminação dos indivíduos variantes ainda em viveiro. Com o objetivo de identificar, ainda em viveiro aqueles indivíduos variantes somaclonais, técnicas moleculares (RAPD e SSR) e citogenéticas (contagem cromossômica e citometria de fluxo) foram utilizadas. Cento e três primers RAPD, 11 combinações de dois primers RAPD, e 33 pares de primers SSR foram utilizados na tentativa de se encontrar marcadores polimórficos capazes de distinguir os indivíduos normais dos variantes, além de distinguir bananeiras 'Prata Anã' de 'Prata'. O primer OPW-08 gerou um fragmento polimórfico que distinguiu uma planta variante de todas as demais, provando que a variação não ocorre de maneira uniforme no genoma dos indivíduos variantes e que não há um retorno à cultivar Prata. As análises com marcadores SSR e a contagem cromossômica não possibilitaram a distinção dos indivíduos variantes, nem a separação das cultivares Prata e Prata Anã. As análises de citometria de fluxo evidenciaram a grande instabilidade cromossômica das bananeiras, porém elas não foram eficientes na identificação de variantes somaclonais.Somaclonal variation is a phenotypical variation of genetic origin, that is, a chromosomal variation that becomes inheritable in the generations to follow, or of epigenetic origin, in this case being a transitory variation due to the physiological stress suffered when the material is submitted to in vitro cultivation. A specific problem involving somaclonal variation in 'Prata Anã' banana was observed in Andradas, Minas Gerais, in plants originated from tissue culture. The main difficulty in the distinction between the normal and variant plants is the fact that the morphological characters that allow the separation of these two types are only visible and distinguishable when the plants are in their adult phase, which makes it impossible to eliminate the variant seedlings at the nursery stage. For the early distinction of the variants, molecular (RAPD - Random Amplified Polymorphic DNA and SSR - Simple Sequence Repeat) and cytogenetic (chromosome counting and flow cytometry) techniques were used. In the attempt to find polymorphic markers that distinguished the normal plants from the variants as well as the Prata cultivar from the Prata Anã cultivar, 103 RAPD primers, 11 combinations of two RAPD primers, and 33 pairs of SSR primers were used. Primer OPW-08 generated a polymorphic fragment that distinguished a variant from all of the other plants, proving that the variation does not occur uniformly in the genome of all variants, and that there is no return to Prata cultivar. Analyses with SSR markers and chromosome counting were not efficient in separating normal plants from variants or 'Prata' from 'Prata Anã'. Flow cytometry analyses showed an evident instability in the banana genome in terms of number of chromosomes, however, they were not efficient in identifying the somaclonal variants.
Keywords