Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Feb 2004)

Human T-cell lymphotropic virus types I and II infections in a cohort of patients with neurological disorders in Belém, Pará, Brazil Infecção pelos vírus linfotrópicos humanos de células T tipos I e II entre pacientes com doença neurológica em Belém, Pará, Brasil

  • Olinda Macêdo,
  • Telma V. Ribeiro-Lima,
  • Adriana de O. Linhares,
  • Antônio de Moura,
  • Maria de Lourdes C. Gomes,
  • Alexandre C. Linhares

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46652004000100003
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 1
pp. 13 – 17

Abstract

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Serum- and/or- cerebrospinal fluid (CSF) samples obtained from 190 patients suffering from chronic, progressive neurological disease were screened for the presence of human T-cell lymphotropic viruses type I (HTLV-I) and type II (HTLV-II) antibodies over a six-year period (1996 to 2001) in Belém, Pará, Brazil. Patients were of both sexes (male subjects, 52%) with ages ranging from 2 to 79 years (mean, 35.9). Overall, 15 (7.9%) subjects - of whom 12 (80%) were female adults - reacted HTLV-I/II-seropositive when screened by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). Serum samples from 14 of these patients were also analyzed using a recombinant Western blot (WB) assay that yielded HTLV-I-, HTLV-II-, and HTLV-I/II- reactivities for 10 (71.4%), 3 (21.4%) and 1 (7.2%) of them, respectively. The yearly rates of HTLV-I/II antibodies ranged from 2.6% (2001) to 21.7% (2000), with progressively increasing seropositivities from 1998 to 2000. Altogether, walking difficulty (n = 5 subjects), spasticity (n = 4) and leg weakness (n = 3) accounted for 80% of symptoms recorded among the 15 patients whose sera had antibodies to HTLV-I/II as detected by ELISA. These findings provide evidence that both HTLV-I and HTLV-II play a role in the development of chronic myelopathy in Belém, Pará, Northern Brazil.Amostras de soro e/ou líquido céfalo-raquidiano (LCR) foram obtidas de 190 pacientes com quadro de doença neurológica crônica e progressiva, com vistas à detecção de anticorpos para os vírus linfotrópicos humanos de células T dos tipos I (HTLV-I) e II (HTLV-II), durante um período de seis anos (1996 a 2001) em Belém, Pará, Brasil. O grupo compreendia ambos os sexos (homens, 52%), com idades variando de 2 a 79 anos (média, 35,9 anos). Tomando-se os resultados como um todo, 15 (7,9%) indivíduos, incluindo 12 (80%) mulheres adultas, apresentaram anticorpos para HTLV-I/II a partir da triagem pelo procedimento imunoenzimático (ELISA). Soros de 14 desses pacientes também foram testados utilizando-se procedimento de Western blot (WB), alcançando-se freqüências de anticorpos para HTLV-I, HTLV-II e dupla reação (HTLV-I e HTLV-II) em 10 (71,4%), 3 (21,4%) e 1 (7,2%) indivíduos, respectivamente. As freqüências anuais de positividade para HTLV-I/II variaram de 2,6% (2001) a 21,7% (2000), em escala crescente no período de 1998 a 2000. Em conjunto, dificuldade na deambulação (n = 5 pacientes), espasticidade (n = 4) e hipotonia crural compreenderam 80% das manifestações clínicas registradas entre os 15 pacientes cujas amostras de soro continham anticorpos para HTLV-I/II, com base em ELISA. Tais resultados oferecem indicadores quanto a uma possível associação do HTLV-I e do HTLV-II à gênese das mielopatias crônicas em Belém, norte do Brasil.

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