Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Sep 2022)

Implante de tela de polipropileno e poliglecaprone para elevação da musculatura na paralisia facial

  • Pedro Celso de Castro Pita,
  • Rafael Ximenes Bandeira de Morais,
  • Marcella Ferreira Barros,
  • Eduarda Augusta de Lucena Caldas,
  • Caroline Silva Costa de Almeida,
  • Kyldery Wendell Moura Cavalcante,
  • Vanderson Lamartine de Lima Silva

DOI
https://doi.org/10.5935/2177-1235.2022RBCP.539-pt
Journal volume & issue
Vol. 37, no. 03
pp. 364 – 368

Abstract

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Introdução: A paralisia facial é um quadro que pode gerar algumas sequelas, e às vezes apenas as estéticas podem ser melhoradas. Com base nisso, objetivou-se relatar um caso em que foi utilizada uma tela de polipropileno e poliglecaprone com finalidade de elevar as estruturas da hemiface direita. Relato de Caso: A paciente apresentava paralisia em hemiface direita, com selamento palpebral incompetente, desvio de comissura labial e sem movimento da musculatura temporal. Foi realizada uma incisão abaixo da costeleta, pré e retroauricular, com descolamento do retalho cutâneo em toda a hemiface direita. Após levantar o sistema musculoaponeurótico superficial e fixá-lo com fios de mononylon, foi colocada a tela de polipropileno e poliglecaprone na região do terço médio e fixada com monocryl. Foi realizada cantotomia e cantopexia lateral da pálpebra direita. No pós-operatório imediato a paciente evoluiu sem edemas, retrações ou abaulamentos, e após um ano e sete meses apresenta total integração da tela, sem retração, fibrose ou recidiva. Discussão: A escolha do tratamento estético de paralisia facial depende da causa e duração da lesão, mas existem diversas formas de fazê-lo. Entre as ideias mais novas, estão o uso de células tronco e materiais aloplásticos e, seguindo essa segunda linha, a tela de polipropileno e poliglecaprone pode ser pensada como uma técnica viável, como foi neste caso relatado.

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