Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Mar 2013)

Surgical treatment for infective endocarditis and hospital mortality in a Brazilian single-center Tratamento cirúrgico para endocardite infecciosa e mortalidade hospitalar em centro único brasileiro

  • Maurício Nassau Machado,
  • Marcelo Arruda Nakazone,
  • Jamil Ali Murad-Júnior,
  • Lilia Nigro Maia

Journal volume & issue
Vol. 28, no. 1
pp. 29 – 35

Abstract

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OBJECTIVE: We evaluated patients underwent cardiac valve surgery in the presence of infective endocarditis in an attempt to identify independent predictors of 30-day mortality. METHODS: We evaluated 837 consecutive patients underwent cardiac valve surgery from January 2003 to May 2010 in a tertiary hospital in São José do Rio Preto, São Paulo (SP), Brazil. The study group comprised patients who underwent intervention in the presence of infective endocarditis and was compared to the control group (without infective endocarditis), evaluating perioperative clinical outcomes and 30-day all cause mortality. RESULTS: In our series, 64 patients (8%) underwent cardiac valve surgery in the presence of infective endocarditis, and 37.5% of them had surgical intervention in multiple valves. The study group had prolonged ICU length of stay (16%), greater need for dialysis (9%) and higher 30-day mortality (17%) compared to the control group (7%, P=0.020; 2%, P=0.002 and 9%, P=0.038; respectively). In a Cox regression analysis, age (P = 0.007), acute kidney injury (P = 0.004), dialysis (P = 0.026), redo surgery (P = 0.026), re-exploration for bleeding (P = 0.013), tracheal reintubation (P OBJETIVO: Avaliamos pacientes submetidos à cirurgia valvar em vigência de endocardite infecciosa na tentativa de identificar preditores independentes de mortalidade intrahospitalar em 30 dias. MÉTODOS: Foram avaliados 837 pacientes consecutivamente submetidos à cirurgia valvar, no período de janeiro de 2003 a maio de 2010, em um hospital terciário de São José do Rio Preto, SP, Brasil. O Grupo de Estudo compreendeu indivíduos submetidos à intervenção em vigência de endocardite infecciosa e foi comparado ao Grupo Controle, considerando complicações clínicas perioperatórias e óbito por todas as causas em 30 dias. RESULTADOS: Em nossa casuística, 64 (8%) pacientes foram submetidos à cirurgia valvar em vigência de endocardite infecciosa, sendo 37,5% deles com indicação de intervenção cirúrgica em múltiplas valvas. O Grupo de Estudo apresentou maior permanência em Unidade de Terapia Intensiva (16%), necessidade de diálise (9%) e maior mortalidade em 30 dias (17%) comparado ao Grupo Controle (7%, P=0,020; 2%, P=0,002 e 9%, P=0,038; respectivamente). A análise de regressão de Cox confirmou idade (P=0,007), lesão renal aguda (P=0,004), diálise (P=0,026), reoperação (P=0,026), reintervenção por sangramento (P=0,013), reintubação orotraqueal (P<0,001) e lesão neurológica tipo I (P<0,001) como preditores independentes para óbito. Embora a manifestação de endocardite infecciosa influencie na mortalidade na análise univariada, a regressão de Cox não confirmou tal variável como preditor independente de óbito em nossa casuística. CONCLUSÃO: Idade e complicações perioperatórias destacam-se como preditores de mortalidade hospitalar em população brasileira. Cirurgia valvar em vigência de infecção ativa não se confirma como preditor independente de óbito nesta casuística.

Keywords