Revista Portuguesa de História (Sep 2024)

A epidemia de febre amarela e a atuação dos farmacêuticos (Rio de Janeiro, 1849-1850)

  • Amanda Peruchi

DOI
https://doi.org/10.14195/0870-4147_55_4
Journal volume & issue
Vol. 55

Abstract

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Nos estudos sobre a epidemia de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro em meados do século XIX, um dos aspectos mais observados é a colaboração entre médicos e o governo imperial na criação de medidas sanitárias. Embora esses estudos apontem que a epidemia foi determinante para a consolidação da autoridade médica em relação a outras atividades curativas, um dos assuntos pouco explorados é como os farmacêuticos também se valeram desse cenário epidêmico para argumentar a favor da autoridade do profissional da farmácia diplomado. Nesse sentido, fundamentado na historiografia da história da farmácia, que examina o papel social do farmacêutico e a relação homem-medicamento no tempo, este artigo analisa como os farmacêuticos se utilizaram da epidemia de febre amarela para se estabelecerem como uma classe autônoma e contribuíram com a organização do mercado farmacêutico, através da elaboração de um regulamento específico para o funcionamento de boticas e farmácias.

Keywords