Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (Nov 2018)

Conhecimentos, preocupações e atitudes dos pais perante a febre

  • Ivete Afonso,
  • Sofia Faria,
  • Silvia Martins,
  • Carla Silva,
  • Hugo Rocha,
  • Raquel Braga

DOI
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v34i5.12309
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 5

Abstract

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Objetivos: Caracterizar os conhecimentos, preocupações e atitudes dos pais perante uma criança com febre, de forma a traçar um plano futuro de intervenção nesta área junto da população. Tipo de estudo: Estudo transversal, descritivo e analítico. Local: USF Lagoa. População: Todos os pais ou cuidadores de crianças com idades entre os 29 dias e os 36 meses inscritos na USF Lagoa. Métodos: Estudo realizado entre setembro e dezembro de 2015, através da aplicação de um questionário por via telefónica ou diretamente com o cuidador, caso este tivesse consulta agendada durante o mesmo período de tempo. Os dados foram analisados com recurso ao programa Microsoft Excel 2010®. Este estudo é reportado de acordo com as linhas de orientação STROBE. Resultados: Foram entrevistados 248 pais/cuidadores. Oitenta e três por cento faz avaliação temperatura na axila e 40% considera febre para valores inferiores a 37,5ºC. A maioria escolhe como principal fármaco a administrar o paracetamol e 30% sabe administrar doses corretas de medicação. As convulsões são a principal complicação associada à febre (62,1%). Cinquenta por cento recorre ao médico logo que surge febre ou no primeiro dia de doença, sendo o Centro de Saúde o local de eleição para a metade dos inquiridos. Conclusões: Perceções e atitudes erradas em relação à febre persistem nos dias de hoje. É fundamental reforçar os conhecimentos dos pais/cuidadores em relação à abordagem e tratamento da febre, de forma a diminuir a ansiedade e melhorar a prestação de cuidados à criança febril.