Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

A RELAÇÃO ENTRE O TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA E O AUMENTO DA PERSPECTIVA DE VIDA EM CRIANÇAS DENTRO DO BRASIL

  • CCA Ferreira,
  • PS Araújo,
  • GSLBD Santos,
  • HH Weber,
  • IND Santos,
  • BS Araujo,
  • GC Lucchese,
  • IF Oliveira,
  • LCC Júnior,
  • M Cunha

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S1028 – S1029

Abstract

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Introdução: O Transplante de Medula Óssea (TMO) é um tipo de tratamento que vem mudando o cenário de cura e prolongamento da expectativa de vida de crianças em tratamento de linfomas e leucemias no Brasil. Porém, esse tipo de intervenção possui seus desafios, como: requerer recursos específicos devido sua complexidade, efeitos colaterais desagradáveis, depressão imunológica associada à quimioterapia e radioterapia, complicações do sistema imune e do procedimento, entre outros. Objetivos: Analisar os dados públicos sobre transplante de medula óssea e relacioná-los com o cenário da perspectiva de vida infantil no país. Compreender a importância do transplante de medula óssea no contexto de saúde brasileiro com um enfoque na população pediátrica. Resultados: O diagnóstico de doença hematológica na criança, assim como a instituição do tratamento com o TMO, interrompe a linha de continuidade do desenvolvimento desse indivíduo, levando a uma ruptura do cotidiano, o que impacta negativamente na sua qualidade de vida. Entretanto, o período após o tratamento é marcado pela possibilidade de retomada de atividades interrompidas, oferecendo uma oportunidade de resgate da normalidade e reorganização do cotidiano, mesmo que com algumas limitações. Essa nova configuração, com mais possibilidades e menos restrições pode estar relacionada com a melhora na qualidade de vida, um ano após o TMO. Pode-se afirmar, portanto, que, em decorrência do tratamento, a qualidade de vida dos pacientes é comprometida imediatamente após a TMO, porém, com a recuperação em um período de 1 ano, chega-se a alcançar patamares semelhantes ao período que antecede à internação. A análise do estudo mostra uma melhora contínua nas taxas de sobrevida, sugerindo avanços nas técnicas de TMO e no manejo pós transplante. Isso também pode ser um reflexo do investimento em capacitação de profissionais de saúde e em infraestruturas hospitalares especializadas. Metodologia: Para analisar a relação entre o transplante de medula óssea e o aumento da perspectiva de vida em crianças no Brasil, foi realizado um levantamento bibliográfico de estudos e dados epidemiológicos dos últimos 15 anos, e comparados a respeito das taxas de sobrevivência, condições médicas pré-existentes e complicações pós-transplante de pacientes pediátricos no país. Para isso, foi utilizado as plataformas acadêmicas SciELO, PubMed, Google Scholar, LILACS e Web of Science, com análise dos trabalhos selecionados de forma quantitativa e qualitativa. Discussão: De acordo com Anders (1999), o transplante de medula óssea faz parte de uma terapêutica que busca garantir o prolongamento de vida, porém é um caminho difícil a ser percorrido pelo paciente e seus familiares, principalmente pela complexidade do processo, desde a fase inicial do diagnóstico da doenca, passando pelas várias fases do tratamento na procura da sobrevivência as complicações, que são submetidos até estarem curados. O TMO nos mostra um verdadeiro paradoxo, o qual oferta um potencial que pode salvar e ao mesmo tempo ameaçar a vida do paciente. No decorrer das pesquisas, observamos que inúmeros estudos evidenciam que esse transplante pode curar ou gerar uma remissão prolongada em pacientes acometidos por essas doenças (Gonçalves et al., 2019). Pode-se concluir, por meio dessas pesquisas de trabalho, a importância do transplante de medula óssea no contexto de saúde brasileiro, sendo um tratamento desafiador, eficaz, e uma intervenção vital para aumentar a perspectiva de vida, que vem mudando o cenário de cura e prolongamento da expectativa de vida de crianças em tratamento de linfomas e leucemias no Brasil. Alem disso, vimos através do estudo uma melhora contínua nas taxas de sobrevida, sugerindo avanços nas técnicas de TMO e no manejo pós transplante.