Arquivos de Gastroenterologia (Dec 2009)
Intramural esophageal hematoma after elective injection sclerotherapy Hematoma intramural esofágico após escleroterapia eletiva de varizes
Abstract
CONTEXT: Although endoscopic esophageal variceal sclerotherapy has been largely supplanted by variceal band ligation, it is still performed routinely in many institutions, especially in developing countries. Intramural esophageal hematoma has been described as a rare complication of sclerotherapy. Risk factors have not been completely established. OBJECTIVE: To demonstrate the incidence of post-sclerotherapy intramural esophageal hematoma in our hospital and discuss the possible factors involved. Methods - This is a retrospective observational study made at the "Hospital Universitário Clementino Fraga Filho", Rio de Janeiro, RJ, Brazil, reviewing the medical records of all esophageal variceal sclerotherapy procedures performed from April 2000 to November 2005. The evaluation of the clinical, laboratorial and endoscopic features in our patients and those reported in the literature was also done. Review of literature was performed through MEDLINE search. RESULTS: A total of 1,433 esophageal variceal sclerotherapy procedures were performed in 397 patients, with an intramural esophageal hematoma incidence of 4 cases (0.28%). Three of our patients developed additional complications, and one death was a direct consequence of a rupture of the hematoma. Nineteen well described cases were reported in the literature. Intramural esophageal hematoma occurred mostly after the forth esophageal variceal sclerotherapy session. Coagulation disturbances were present in the majority of cases. CONCLUSION: Intramural esophageal hematoma is a rare complication of esophageal variceal sclerotherapy and its incidence in our institution was similar to those observed in the literature. Our study suggests that this complication occurs as a result of a fragile esophageal mucosa after previous esophageal variceal sclerotherapy sessions. Impaired coagulation, although not essential, could contribute to hematoma formation and extension through esophageal submucosa.CONTEXTO: Apesar do fato de que a escleroterapia endoscópica de varizes esofágicas vem sendo largamente substituída pela técnica de ligadura elástica, a escleroterapia é ainda rotineiramente utilizada em muitas instituições, especialmente em países em desenvolvimento. O hematoma intramural esofágico é uma complicação rara da escleroterapia e os fatores de risco para seu desenvolvimento ainda não estão completamente estabelecidos. OBJETIVO - Demonstrar a incidência do hematoma intramural esofágico pós-escleroterapia no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Rio de Janeiro, RJ, e discutir os possíveis fatores envolvidos. MÉTODOS: Este é um estudo retrospectivo observacional realizado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, através da revisão dos prontuários médicos de todos os pacientes submetidos a escleroterapia endoscópica de varizes esofágicas entre abril de 2000 e novembro de 2005. Uma avaliação das características clínicas, laboratoriais e endoscópicas desses pacientes e dos descritos na literatura foi realizada. A revisão da literatura foi feita através de pesquisa no MEDLINE. RESULTADOS: Foram realizados 1.433 procedimentos de escleroterapia endoscópica de varizes esofágicas em 397 pacientes, com incidência de hematoma intramural esofágico de 4 casos (0,28%). Três dos quatro pacientes desenvolveram complicações adicionais e um falecimento foi consequência direta do hematoma intramural esofágico. Dezenove casos bem documentados de hematoma intramural esofágico foram descritos na literatura. Na maioria dos casos o hematoma intramural esofágico ocorreu a partir da quarta sessão de escleroterapia endoscópica de varizes esofágicas e distúrbios de coagulação estavam presentes. CONCLUSÃO: O hematoma intramural esofágico é complicação rara da escleroterapia e a incidência no hospital onde foi realizada esta pesquisa foi similar à observada na literatura. Este estudo sugere que essa complicação resulta de mucosa fragilizada por sessões previa de escleroterapia endoscópica de varizes esofágicas. Distúrbios da coagulação, apesar de não serem essenciais, podem contribuir para a formação e extensão do hematoma através da submucosa esofágica.
Keywords