Revista Brasileira de Cancerologia (Oct 2021)

A Albumina Sérica é Preditor Independente de Mortalidade Hospitalar em Pacientes com Câncer

  • Emanuelle do Nascimento Santos Lima,
  • Isabela Borges Ferreira,
  • Nayara Cristina da Silva,
  • Isaías Valente Prestes,
  • Geórgia das Graças Pena

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n4.1209
Journal volume & issue
Vol. 67, no. 4

Abstract

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Introdução: O câncer e uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Existem poucos estudos mostrando modelos ajustados com outros preditores de mortalidade por uma perspectiva de modelo conceitual. Objetivo: Verificar a predição de albumina e do Índice Nutricional Prognostico (IPN) com mortalidade intra-hospitalar em pacientes com câncer. Método: Estudo retrospectivo realizado de 2014 a 2016 com 262 pacientes com câncer (trato gastrointestinal, órgãos genitais masculinos, mama, metástases, trato urinário, cabeça e pescoço e outros). Foram coletados dados demográficos, hemograma, proteína C reativa, albumina e índices hematológicos (índice de prognostico nutricional - IPN; relação neutrófilo por linfócitos - RNL; relação monócitos por linfócitos - RML; relação plaquetas por linfócitos - RPL; e relação plaquetas por albumina – RPA), diagnósticos nutricionais e desfechos hospitalares (alta ou óbito). A probabilidade cumulativa de morte foi calculada pelas curvas de Kaplan-Meier e as análises de sobrevivência realizadas usando o modelo de risco proporcional de Cox. Resultados: A frequência de óbito entre os pacientes do estudo foi de 10,7% (28). Entre os pacientes que morreram, 99,2% (26) apresentavam algum grau de desnutrição (p=0,004). Na análise multivariada, a albumina sérica (<3 g/dL) associou-se de forma independente a mortalidade hospitalar (HR=3,43, IC95% 1,11-10,63). Por outro lado, o IPN não foi associado com mortalidade intra-hospitalar. Conclusão: Os níveis de albumina sérica durante a internação foram preditores de mortalidade intra-hospitalar na população avaliada. Esses resultados sugerem que os níveis séricos dessa proteína podem ser utilizados na prática clínica, agregando informações prognosticas em pacientes com câncer.

Keywords