Revista de Saúde Pública (Jun 2007)

Versão em português da Family Environment Scale: aplicação e validação Portuguese version of the Family Environment Scale: aplication and validation

  • Vânia P T Vianna,
  • Eroy Aparecida da Silva,
  • Maria Lucia O Souza-Formigoni

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000300014
Journal volume & issue
Vol. 41, no. 3
pp. 419 – 426

Abstract

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OBJETIVO: Traduzir a Escala do Ambiente Familiar (Family Environment Scale) para a língua portuguesa e aplicar o instrumento para sua validação. MÉTODOS: A tradução foi aplicada a membros de famílias brasileiras, visando avaliação da consistência interna e a concordância entre membros da mesma família. Foram selecionados 154 voluntários não sujeitos a qualquer intervenção para lidar com problemas familiares, residentes na cidade de São Paulo, em 2003. As pontuações médias nas dez subescalas do instrumento foram comparadas entre homens e mulheres e entre membros da mesma família. Avaliou-se a consistência interna pelo alfa de Cronbach. RESULTADOS: A pontuação máxima possível era nove em cada subescala (bom funcionamento familiar), exceto em relação a conflito e controle. Na maioria das subescalas, a pontuação média da amostra estudada esteve entre 5,1 e 7,6 (homens) e entre 5,4 e 7,7 (mulheres). Nas subescalas conflito e controle as médias variaram entre 1,8 e 4,6 (homens) e entre 1,6 e 4,6 (mulheres), sendo semelhantes às relatadas em estudos internacionais, exceto maior pontuação nas subescalas coesão e organização, e menor na subescala conflito. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as pontuações atingidas por homens e mulheres. A confiabilidade da escala avaliada pelo alfa de Cronbach variou entre 0,61 e 0,78 para as dez subescalas. CONCLUSÕES: Fatores culturais podem ter influenciado os resultados obtidos em algumas subescalas. A versão em português da Escala do Ambiente Familiar apresentou razoável consistência interna que permite sua utilização para avaliar alterações no ambiente ou funcionamento familiar, e após intervenções terapêuticas.OBJECTIVE: To translate the Family Environment Scale into Portuguese and apply the instrument to validate it. METHODS: The translation was applied to members of Brazilian families with the aim of evaluating its internal consistency and the concordance between members of the same family. One hundred and fifty-four volunteers living in the city of São Paulo in 2003 who were not receiving any kind of intervention for dealing with family problems were selected. The mean scores in the ten subscales of the instrument were compared between men and women, and between members of the same family. The internal consistency was evaluated by means of Cronbach's alpha. RESULTS: The maximum possible score in each subscale was nine (good family functioning), except in relation to conflict and control. In most of the subscales, the mean score of the sample studied ranged from 5.1 to 7.6 (men) and 5.4 to 7.7 (women). In the conflict and control subscales, the means ranged from 1.8 to 4.6 (men) and 1.6 to 4.6 (women). These were similar to scores reported in international studies, except for higher scores in the cohesion and organization subscales, and lower score in the conflict subscale. There were no statistically significant differences between the scores attained by men and women. The reliability of the scale, evaluated according to Cronbach's alpha, ranged from 0.61 to 0.78 for the ten subscales. CONCLUSIONS: Cultural factors may have influenced the results obtained in some of the subscales. The Portuguese version of the Family Environment Scale presented reasonable internal consistency that enables its use for evaluating changes in the family's environment and its functioning and after therapeutic interventions.

Keywords