Revista Brasileira de Cartografia (Feb 2017)
INFLUÊNCIA DA ESTIMATIVA DO GRADIENTE HORIZONTAL TROPOSFÉRICO NA QUALIDADE DO POSICIONAMENTO GNSS DE ALTA ACURÁCIA
Abstract
Para ï¬ns de posicionamento pelo GNSS (Global Navigation Satellite Systems), a atmosfera pode ser dividida em duas camadas principais; a troposfera e a ionosfera. Tais camadas provocam diversos efeitos e interagem de formas distintas com os sinais GNSS. A troposfera se estende da superfície terrestre até ~50 km de altitude. Um de seus principais efeitos é o atraso troposférico. No processamento de dados GNSS, estima-se o ZTD (Zenith Tropospheric Delay), o qual é subdividido em duas componentes, hidrostática e úmida. Funções de mapeamento são empregadas para mapear o atraso troposférico da direção satélite-receptor para a zenital. No que concerne à assimetria azimutal existe a possibilidade de estimar os chamados gradientes horizontal troposféricos. Nesse trabalho objetiva-se investigar as vantagens da inserção desse parâmetro no posicionamento GNSS de alta acurácia no modo relativo para linhas de base longa. Considera-se diferentes condições atmosféricas existentes no Brasil em períodos de alta e baixa umidade do ar. Pôde-se constatar que a adoção de gradientes horizontais permite alcançar melhorias de até 3,6 mm na repetibilidade da posição 3D, o que é relevante para aplicações como o monitoramento de deslocamentos de estruturas, onde a acurácia necessária é da ordem de poucos milímetros.