Brazilian Neurosurgery (Dec 2012)

Aneurismas associados à fenestração da artéria basilar: entidades raras submetidas a tratamento endovascular – Relato de casos e revisão da literatura

  • Johnathan de Sousa Parreira,
  • Adriano Torres Antonucci,
  • Natally Marques Santiago,
  • Roberto Parente Neto,
  • Bruno de Azevedo Oliveira,
  • Luiz Henrique Garcia Lopes,
  • Adelmo Ferreira,
  • Pedro Garcia Lopes

DOI
https://doi.org/10.1055/s-0038-1625745
Journal volume & issue
Vol. 31, no. 04
pp. 240 – 244

Abstract

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Aneurismas da junção vertebrobasilar são raros e frequentemente associados com fenestração da artéria basilar. Estudos mostram que tal entidade representa entre 3% e 9% dos aneurismas infratentoriais e 7,4% dos aneurismas da circulação posterior, excluindo-se os aneurismas da bifurcação da basilar. A sua localização profunda, anterior ao tronco cerebral, e sua íntima relação com as artérias perfurantes tornam o tratamento cirúrgico um grande desafio. A fenestração foi mais comumente encontrada na metade inferior da basilar, situando-se na porção média quando as artérias vertebrais apresentam as mesmas dimensões ou encontradas do lado correspondente à artéria vertebral de maior calibre. Outras classificações para a fenestração da basilar foram propostas. De acordo com a mais utilizada, a fenestração pode ser considerada do tipo A quando apresentar dois pontos de bifurcação proximais, com uma artéria ponte associada e do tipo B quando apresentar bifurcação simples proximal ao sítio da fenestração. Tais aneurismas são de difícil caracterização pela angiografia digital convencional por apresentarem anatomia peculiar, sendo a angiografia em 3D o exame de escolha para a classificação da doença. As modernas técnicas endovasculares disponíveis na atualidade permitem o tratamento seguro mesmo de lesões altamente complexas.

Keywords