Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (May 2009)

Terapias celulares do miocárdio com células da medula óssea: critérios de qualidade e perspectivas Myocardial cell therapy with bone marrow cells: criteria for quality and future perspectives

  • Maria Isabel D. Rossi,
  • Radovan Borojevic

Journal volume & issue
Vol. 31
pp. 82 – 86

Abstract

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A terapia celular pode ser uma nova opção terapêutica para pacientes cardíacos, modificando o processo de remodelamento cardíaco e prevenindo a falência cardíaca pós-infarto. Estudos clínicos até o presente usaram células mononucleadas de medula óssea, isoladas por centrifugação em gradiente de densidade a partir de aspirados de medula óssea da crista ilíaca. Embora esta nova estratégia revolucionária pareça ser segura e melhorar a função cardíaca, resultados negativos surgiram desafiando o futuro de terapias baseadas em células para o reparo cardíaco. Aqui discutimos alguns resultados laboratoriais que podem explicar, pelo menos parcialmente, as diferenças obtidas em protocolos similares. Uma análise da correlação entre a composição celular da fração mononuclear do aspirado da medula óssea e o êxito clínico da terapia indicou que os linfócitos não favorecem o reparo do miocárdio. Uma seleção negativa eliminando as linhagens do sistema imunitário pode ser proposta para melhorar a terapia celular do miocárdio.Cell therapy may provide a novel therapeutic option for cardiac patients, modifying myocardium remodeling processes and preventing post-infarction heart failure. Currently clinical studies predominantly use bone marrow mononuclear cells isolated by density gradient centrifugation of iliac crest bone marrow aspirates. Although this revolutionary new strategy seems to be safe and to improve myocardial function, negative data have emerged challenging the future of cell-based therapy for heart repair. Here we discuss some laboratory data that might explain, at least in part, variations in outcomes using similar protocols. Analysis of the correlation between the cell composition of the mononuclear fraction of bone marrow aspirates and the clinical outcome of the therapy has indicated that cells of the lymphocyte lineage are not beneficial in myocardial regeneration. A proposal of selection to eliminate these cells may improve cell therapy of infarcted myocardium.

Keywords