Arquivos de Gastroenterologia (Sep 2009)
Poor outcomes with treatment of hepatorenal syndrome type 1 with splancnic vasoconstrictors and albumin: report of seven cases and review of the literature Resultados adversos com o emprego de vasoconstritores esplâncnicos e albumina para tratamento da síndrome hepatorrenal do tipo 1: relato de sete casos e revisão da literatura
Abstract
CONTEXT: Treatment of hepatorenal syndrome type 1 (HRS-1) with splancnic vasoconstrictors and high-dose albumin has been associated with reversal of renal failure in approximately 60% to 80% of the cases in pilot or uncontrolled studies. OBJECTIVE: To evaluate the results of treatment of HRS-1 with terlipressin and high-dose albumin. METHODS: All patients with HRS-1 that underwent treatment with terlipressin and high-dose albumin at our unit were retrospectively reviewed. Outcomes including reversal of renal failure and death were recorded and compared to baseline clinical and laboratory parameters. RESULTS: Seven subjects (median age 64 [47-69] years, 5 males) with median Child-Pugh and MELD scores of 12 [10-15] and 22 [17-38], respectively, hospitalized with decompensated chronic liver disease secondary to tense ascitis and infections, who exhibited criteria for HRS-1, were submitted to therapy with terlipressin and high-dose albumin according to a predefined standard protocol. Baseline creatinine levels were 2.9 [2.3-4.0] mg/mL. None of the patients achieved reversal of HRS-1 and five subjects died on-treatment due to sudden-death (n = 1), multiple organ dysfunction associated with end-stage liver failure (n = 2) and sepsis (n = 2). CONCLUSIONS: Treatment of HRS-1 with terlipressin and high-dose albumin was not associated with reversal of renal failure, but most of the treated subjects had severe end-stage liver disease with high MELD scores as well as high baseline creatinine values, parameters previously associated with bad outcomes.CONTEXTO: O tratamento da síndrome hepatorrenal do tipo 1 (SHR-1) com vasoconstritores esplâncnicos e albumina intravenosa tem se associado, em relatos de caso e estudos piloto não-controlados, à reversão da insuficiência renal em 60%-80% dos pacientes tratados. OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento da SHR-1 com terlipressina e albumina. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, todos os pacientes hospitalizados com o diagnóstico de SHR-1 que se submeteram a tratamento com terlipressina associada à albumina em altas doses. As frequências de reversão de insuficiência renal e óbito foram comparados com parâmetros clínicos e laboratoriais pré-tratamento. RESULTADOS: Sete pacientes (5 homens, idade mediana 64 [47-69] anos) com mediana de pontuação Child-Pugh e MELD respectivamente de 12 [10-15] e 22 [17-38], admitidos na unidade de terapia intensiva por desconforto respiratório secundário à ascite tensa ou por infecções, que apresentaram critérios para SHR-1 e eligibilidade para o transplante de fígado foram submetidos a tratamento com terlipressina e albumina, de acordo com protocolo pré-definido. Níveis de creatinina prévios ao tratamento foram de 2.9 [2.3-4.0] mg/mL. Nenhum paciente apresentou reversão da SHR-1 e cinco faleceram por morte súbita (n = 1), disfunção de múltiplos órgãos associada a falência hepática (n = 2) e sepse (n = 2), a maioria antes de completar o tratamento. CONCLUSÕES: O tratamento da SHR-1 com terlipressina e albumina, em altas doses, não foi associado à reversão da insuficiência renal em nenhum dos pacientes tratados, mas a maioria dos pacientes apresentava doença hepática em fase avançada, com altos valores de MELD, e níveis elevados de creatinina pré-tratamento, parâmetros previamente associados com pior resposta e prognóstico mais reservado.
Keywords