Revista Geográfica Acadêmica (Jan 2020)
SENSORIAMENTO REMOTO PARA DETECÇÃO DE QUEIMADAS NO CERRADO MARANHENSE: UMA APLICAÇÃO NO PARQUE ESTADUAL DO MIRADOR
Abstract
Este trabalho objetivou o mapeamento de queimadas no Parque Estadual do Mirador. Foram adquiridas 38 cenas do sensor OLI (Operational Land Imager) do Landsat-8 (compreendendo os meses de maio à setembro de 2018). Para a extração das manchas de queimadas utilizou-se a matemática de bandas com Índice de Queimada por Diferença Normalizada (NBR) seguido de uma limiarização (queimada/não-queimada), baseada em fotointerpretação da composição R6G5B4 e dados de campo. Realizou-se uma validação estatística com os totais mensais das cicatrizes com os totais de focos obtidos no Banco de Queimadas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os procedimentos metodológicos utilizados foram semiautomatizados através da programação em python para um formato de ferramenta. Através de análise dos índices de coberturas vegetais pós-queima, optou-se pela escolha do limiar de separabilidade como sendo >-0.100. Os meses de maior e menor quantitativo de queima foram, respectivamente, setembro (com 656 polígonos e uma área de 14.952,83 ha) e junho (com 42 polígonos e uma área de 176.75 há). A área queimada abrangeu 26.687 ha e apresentou uma correlação de 0,76 entre focos e cicatrizes, demonstrando a razoabilidade do limiar proposto para utilização no monitoramento das cicatrizes de queimada semestralmente para o Parque.