Clinical and Biomedical Research (Aug 2008)

Identificação e Impacto Clínico de Fração de Ejeção Preservada em Pacientes Admitidos por Insuficiência Cardíaca Descompensada

  • Lívia Goldraich,
  • Aníbal Pires Borges,
  • Rafael Seewald,
  • Melissa Blom,
  • Nadine Clausell,
  • Luis Beck-da-Silva,
  • Luis Eduardo Rohde

Journal volume & issue
Vol. 28, no. 2

Abstract

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A identificação e o impacto clínico da fração de ejeção (FE) preservada em pacientes hospitalizados por insufici-ência cardíaca (IC) descompensada permanecem pouco estudados. Métodos. Foram analisadas admissões consecuti-vas por IC descompensada em um hospital terciário brasileiro. A inclusão foi realizada a partir de pontuação igual ou superior a 8 pontos no escore de Boston para definição de IC. FE preservada foi definida como FE de ventrículo es-querdo ? 50%. Cerca de 80 variáveis clínicas, laboratoriais e prognósticas foram obtidas ao longo da internação até o óbito ou a alta hospitalar através de protocolo estruturado. Resultados. Foram incluídas 721 admissões consecutivas por IC descompensada (idade= 66 ?13 anos, FEVE= 42 ?17%, 50% do sexo masculino). A prevalência de FE preser-vada foi de 31%. Pacientes com valores mais elevados de FE apresentaram características clínicas significativamente distintas das de pacientes com disfunção sistólica, tais como idade avançada, predominância do sexo feminino, maior proporção de etiologia não-isquêmica, prevalência elevada de fibrilação atrial crônica, níveis inferiores de hemoglobina, pressão de pulso reduzida e complexos QRS alargados. Não foi observada diferença significativa na mortalidade intra-hospitalar de acordo com quintis de FE, porém houve uma tendência para um aumento de complicações clínicas em pacientes com FE elevada. Conclusões. FE preservada é uma condição prevalente e responsável por significativa morbi-mortalidade entre pacientes brasileiros hospitalizados por IC descompensada.

Keywords