Revista Brasileira de Ciências Ambientais (Dec 2019)
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS DE GENÓTIPOS DE AMENDOIM À DEFICIÊNCIA HÍDRICA
Abstract
Entre os fatores ambientais, a deficiência hídrica tem efeito em diversos processos morfológicos e fisiológicos das plantas, podendo afetar o crescimento e o desenvolvimento das culturas, refletindo na produtividade. Diante disso, objetivou-se avaliar as características fisiológicas de genótipos de amendoim submetidos à deficiência hídrica. Realizou-se um experimento em blocos inteiramente casualizados, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 12 × 2, tendo como tratamentos 12 genótipos e duas condições hídricas, em cinco repetições. Para avaliar o efeito do estresse, aos 25 dias após a emergência (DAE), as plantas de amendoim permaneceram sob deficiência hídrica por quatro dias, enquanto as testemunhas foram mantidas a 70% da capacidade de campo. Aos 29 DAE, foram realizadas as avaliações de fotossíntese, transpiração, teor relativo de água, teor de cera epicuticular e massa seca das plantas. A taxa fotossintética foi menor para todos os genótipos sob deficiência hídrica, exceto para a linhagem 870, que demonstrou maior tolerância à seca. Para a transpiração, as cultivares Runner IAC 886, IAC OL3, IAC OL4 e as linhagens 573, 599, 870 não foram afetados pela deficiência hídrica. Entre os genótipos, há variação na quantidade de ceras epicuticulares sob condições hídricas. Com relação ao comportamento anatomofisiológico dos genótipos, concluiu-se que as linhagens 573 e 870 são altamente tolerantes à deficiência hídrica, as cultivares IAC OL3, IAC OL4, Runner IAC 886 e as linhagens 599 e 967 são moderadamente tolerantes e IAC 503, IAC 505 e IAC Tatu-ST e as linhagens 322 e 506 são mais sensíveis ao estresse hídrico durante a fase de florescimento.
Keywords