RevSALUS (Jan 2024)

Qualidade de vida de mães de crianças com paralisia cerebral e desenvolvimento típico

  • Mariana Cruz,
  • Maria Elisabete Martins,
  • Fátima Sancho

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.695
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Supii

Abstract

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Introdução: O conhecimento sobre a Qualidade de Vida (QdV) das mães de crianças com Paralisia Cerebral (PC), residentes em Portugal permanece escassa na evidência disponível. Objetivos: Investigar a existência de diferenças na QdV de mães de crianças com PC, comparativamente às mães de crianças com desenvolvimento típico (DT); analisar o impacto de diferentes fatores de influência na QdV das mães de crianças com PC e de crianças com DT. Material e Métodos: Estudo descritivo, transversal e correlacional. A amostra constitui-se de mães de crianças com DT (37) e de crianças com PC (39), que cumpriram os critérios de inclusão. Foi solicitado o preenchimento do “Instrumento Abreviado de Avaliação da Qualidade de Vida da OMS/World Health Organization Quality of Life – Bref (WHOQOL-BREF)” e de um breve questionário para a caracterização sociodemográfica e análise dos fatores de influência. Os cálculos estatísticos realizaram-se através do SPSS, versão 24.0, utilizando-se a estatística descritiva para caraterização da amostra e testes paramétricos para avaliar a possível associação entre as variáveis. O nível de significância utilizado foi de 5%. Resultados e Conclusões: Verificaram-se diferenças significativas em todos os domínios da escala de QdV, indicadoras de pior QdV no grupo de mães de crianças com PC, tanto a nível geral (p=0,004), físico (p=0,018), psicológico (p=0,033), relações sociais (p= 0,000) e ambiente (p= 0,002), comparativamente ao grupo de mães de crianças com DT. No que refere à idade materna, verificou-se uma diferença no limiar da significância, em que as mães mais velhas (>40 anos) de crianças com PC apresentavam uma QdV geral (p= 0,080) mais baixa. Já as mães ativas profissionalmente, apresentaram diferenças significativas ao nível da QdV geral (p=0,034), físico (p=0,002) e ambiente (p= 0,024). Quanto à condição financeira, verificaram-se diferenças significativas na QdV geral (p= 0,034) e diferenças no limiar da significância (p= 0,065), no que refere à idade das crianças com PC, reveladoras de QdV geral mais elevada nas mães de crianças mais novas. Os resultados sugerem uma diminuição da QdV nas mães de crianças com PC, comparativamente às crianças com DT.

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