Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Aug 1998)

Relação entre a persistência da condução pela via lenta nodal após ablação de taquicardia por reentrada nodal e a recorrência clínica Persistence of AV conduction over the slow pathway after AVRNT radiofrequency ablation and its relation to the recurrences

  • Márcio A. Silva,
  • Maurício I. Scanavacca,
  • André D'Avila,
  • Ricardo Kuniyoshi,
  • Eduardo A. Sosa

DOI
https://doi.org/10.1590/S0066-782X1998000800004
Journal volume & issue
Vol. 71, no. 2
pp. 117 – 120

Abstract

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OBJETIVO: Verificar se a persistência de salto nodal relaciona-se à taxa de recorrência de taquicardia por reentrada nodal (TRN) após ablação com radiofreqüência (RF) da via lenta do nó atrioventricular. MÉTODOS: Num seguimento de 20±12 meses, foi analisada a recorrência de TRN em 126 pacientes consecutivos submetidos a ablação com RF da via lenta nodal. O critério de interrupção do procedimento foi a não reindução da TRN, após estimulação atrial programada, com e sem isoproterenol intravenoso. Ao final do procedimento, 98 pacientes não apresentavam salto nodal, e em 28 persistia o salto nodal e/ou o eco atrial. RESULTADOS: Houve recorrência clínica de TRN em 15 (11%) pacientes: 9 no grupo sem salto nodal e/ou eco atrial e em 6 do grupo que persistiu com salto e/ou eco atrial. A recorrência tendeu a ser maior no 2º grupo (9% vs 21%), mas não houve significância estatística entre os resultados (p=0,09). CONCLUSÃO: Desde que a TRN não possa ser induzida após a infusão de isoproterenol, a recorrência espontânea da arritmia após a ablação por RF da via lenta nodal não é diferente entre pacientes que persistem ou não com salto nodal e/ou eco atrial.PURPOSE: The aim of this study is to verify whether the persistence of conduction over the slow pathway is related to an increased trend for recurrence. METHODS: Recurrence rate was retrospectively analyzed in 126 patients who underwent slow pathway radiofrequency (RF) catheter ablation during a follow-up of 20±12 months. The ablative procedure was interrupted when AVNRT was no longer induced by atrial stimulation after intravenous infusion of isoproterenol. Ninety-eight patients had no evidence of slow pathway whereas 28 patients persisted with AV node jump and atrial echo beat. RESULTS: There were 15 recurrences: 9% of those who had no evidence of slow pathway (9 of 98 patients) and 21% of those with AV node jump and/or atrial echo beat but this difference was not statistically significant. CONCLUSION: As long as AVNRT cannot be induced by atrial pacing and isoproterenol infusion after slow pathway RF catheter ablation, the presence of AV node jump and/or atrial echo beat does not increase the risk of recurrence of AVNRT.

Keywords