Revista Cubana de Estomatología (May 2019)

Exostose palatina bilateral em bebê

  • Mirian Diniz Cruz,
  • Camila Menezes Costa Castelo-Branco,
  • Alba Valeska Alves de Oliveira,
  • Priscila Hernández de Campos,
  • Michele Baffi Diniz

Journal volume & issue
Vol. 56, no. 2
pp. 226 – 233

Abstract

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Introdução: As exostoses são definidas como protuberâncias ósseas localizadas, de caráter benigno, sendo uma rara patologia em bebês. Objetivo: Relatar um caso de exostose palatina bilateral em um bebê melanoderma do sexo feminino de 1 ano e 4 meses de idade. Relato de caso: A criança compareceu a Clínica Escola de Odontopediatria, acompanhada de sua mãe, para avaliação odontológica. Durante a anamnese, o responsável queixou-se de atraso na irrupção dos dentes decíduos e presença de protuberância na arcada superior, sem sintomatologia dolorosa. Foi relatado que três membros da família também apresentavam essa mesma alteração na maxila ou mandíbula, possivelmente sugerindo um componente genético. Ao exame clínico intrabucal, verificou-se um aumento de volume ósseo bilateral plano localizado na maxila, na região lingual das tuberosidades palatinas, recoberto por mucosa bucal normal. A superfície era rígida à palpação e com bordas claramente definidas. O componente genético foi associado ao aspecto clínico da lesão, bem como o sexo e a etnia. O diagnóstico estabelecido foi exostose palatina bilateral. A biópsia e o tratamento ativo para remoção da patologia não se justificaram devido à pouca idade da criança, ausência de sintomatologia dolorosa e de interferências na alimentação, deglutição ou outra função bucal. A paciente foi acompanhada periodicamente e apresentou sequência de irrupção dos dentes decíduos normal. Conclusão: Embora a exostose palatina apresente baixa prevalência em crianças, é importante que o cirurgião-dentista tenha conhecimento para realizar seu correto diagnóstico e plano de tratamento.

Keywords