Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (Oct 2012)

Fissuras lábio palatinas não sindrômicas: relação entre o sexo e a extensão clínica Non sindromic cleft lip and palate: relationship between sex and clinical extension

  • Daniella Reis Barbosa Martelli,
  • Renato Assis Machado,
  • Mário Sérgio Oliveira Swerts,
  • Laíse Angélica Mendes Rodrigues,
  • Sibele Nascimento de Aquino,
  • Hercílio Martelli Júnior

DOI
https://doi.org/10.5935/1808-8694.20120018
Journal volume & issue
Vol. 78, no. 5
pp. 116 – 120

Abstract

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A fenda labial e/ou palatina representa a anomalia congênita mais comum na face. OBJETIVO: Descrever a correlação existente entre a fenda labial e/ou palatina não sindrômica e gênero e sua gravidade na população brasileira. MÉTODO: Estudo transversal, conduzido entre 2009 e 2011, em uma amostra de 366 pacientes. Os dados foram analisados com estatística descritiva e regressão logística multinomial com intervalo de 95% para estimar a probabilidade dos tipos de fenda labial e/ou palatina afetar os gêneros. RESULTADOS: Entre os 366 casos de fenda labial e/ou palatina não sindrômica, as fendas mais frequentes foram a fenda lábio-palatina, seguida, respectivamente, pela fenda labial e fenda palatina. As fendas palatinas foram mais frequentes entre as mulheres e a fenda lábio-palatina e fenda labial apenas predominaram nos homens. O risco de fenda labial em relação à fenda palatina foi de 2,19 vezes maior em homens quando comparados às mulheres; enquanto o risco de fenda labial e palatina em relação à fenda palatina apenas foi 2,78 vezes em homens, quando comparados às mulheres. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou que há diferenças na distribuição de fendas labiais e/ou palatinas não sindrômicas entre homens e mulheres.Cleft lip and/or palate represent the most common congenital anomaly of the face. AIM: To describe the correlation between non-syndromic cleft lip and/or palate and gender, and its severity in the Brazilian population. METHODS: Cross-sectional study, between 2009 and 2011, in a sample of 366 patients. The data was analyzed with descriptive statistics and multinomial logistic regression with a 95% interval to estimate the likelihood of the types of cleft lip and/or palate affecting the genders. RESULTS: Among the 366 cases of non-syndromic cleft lip and/or palate, the more frequent clefts were cleft lip and palate, followed respectively by cleft lip and cleft palate. The cleft palates were more frequent in females, while the cleft lip and palate and cleft lips only predominated in males. The risk of cleft li in relation the cleft palate was 2.19 times in males when compared to females; while the risk of cleft lip and palate in relation to cleft palate alone was 2.78 times in males compared to females. CONCLUSION: This study showed that there were differences in the distribution of the non-syndromic cleft lip and/or palate between males and females.

Keywords