Revista Portuguesa de Cardiologia (Jun 2024)
Are we missing an opportunity? Prehospital delay in patients with acute ischemic stroke and known atrial fibrillation
Abstract
Introduction and Objectives: The follow-up of patients with atrial fibrillation (AF) presents an opportunity to alert patients and their families on how to recognize and act in the event of stroke. Our aim was to compare stroke recognition-to-door time and prehospital stroke code activation in patients with known AF (KAF) and AF detected after stroke (AFDAS). Methods: We performed a retrospective cohort study of consecutive patients receiving acute recanalization treatment for acute ischemic stroke between January 2016 and August 2022, with AF as a potential stroke cause. Patients were divided into KAF and AFDAS, and stroke recognition-to-door time and prehospital stroke code activation were compared. In the KAF subgroup, we assessed whether the use of preadmission anticoagulation was associated with the studied prehospital parameters. Results: We included 438 patients, 290 female (66.2%), mean age 79.3±9.4 years. In total, 238 patients had KAF (54.3%) and 200 (45.7%) had AFDAS. Of those with KAF, 114 (48.1%) were pretreated with anticoagulation. Patients with KAF and AFDAS had no differences in stroke recognition-to-door time (74.0 [55.0–101.0] vs. 78.0 [60.0–112.0] min; p=0.097) or prehospital stroke code activation [148 (64.6%) vs. 128 (65.3%); p=0.965]. In the KAF subgroup, preadmission anticoagulation did not influence stroke recognition-to-door time or mode of hospital admission. Conclusion: Stroke recognition-to-door time and prehospital stroke code activation were similar between patients with known or newly diagnosed AF. Preadmission anticoagulation treatment also did not affect the studied parameters. Our findings highlight a missed opportunity to promote stroke knowledge in patients followed due to AF. Resumo: Introdução e objetivos: O seguimento de doentes com fibrilhação auricular (FA) constitui uma oportunidade para alertar doentes e famílias sobre como reconhecer e atuar perante um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O nosso objetivo foi comparar o tempo reconhecimento-admissão e modo de admissão hospitalar [ativação de Via Verde AVC (VV-AVC) extra-hospitalar] entre doentes com FA conhecida (FAC) e de novo (FAN). Metodologia: Estudo de coorte retrospetivo de doentes consecutivos com AVC isquémico agudo, submetidos a terapêutica de recanalização, entre janeiro de 2016 e agosto 2022, com FA como potencial causa do AVC. Os doentes foram divididos em FAC e FAN e compararam-se os tempos reconhecimento-admissão hospitalar e ativação de VV-AVC extra-hospitalar. No subgrupo de doentes com FAC, analisamos a influência de terapêutica prévia com anticoagulação nos mesmos parâmetros pré-hospitalares. Resultados: Incluímos 438 doentes, 290 (66,2%) do sexo feminino, com média de idade de 79,3±9,4 anos; 238 (54,3%) doentes com FAC e 200 (45,7%) com FAN. No grupo de doentes com FAC, 114 (48,1%) encontravam-se sob anticoagulação. Não houve diferenças no tempo reconhecimento-admissão (74,0 [55,0–101,0] versus 78,0 [60,0–112,0]; p = 0,097), nem na ativação de VV-AVC extra-hospitalar [148(64,6%) versus 128(65,3%); p = 0,965]. No subgrupo de doentes com FAC, anticoagulação prévia não teve influência nos mesmo indicadores pré-hospitalares. Conclusão: O tempo reconhecimento-admissão e ativação de VV-AVC extra-hospitalar foram semelhantes entre doentes com FAC e FAN. A realização prévia de anticoagulação não modificou estes resultados. Os nossos resultados salientam uma potencial oportunidade perdida para promoção de educação sobre AVC em doentes seguidos em consulta por FA.