Revista Brasileira de Reumatologia (Feb 2016)

Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite

  • Maria Teresa R.A. Terreri,
  • Wanderley Marques Bernardo,
  • Claudio Arnaldo Len,
  • Clovis Artur Almeida da Silva,
  • Cristina Medeiros Ribeiro de Magalhães,
  • Silvana B. Sacchetti,
  • Virgínia Paes Leme Ferriani,
  • Daniela Gerent Petry Piotto,
  • André de Souza Cavalcanti,
  • Ana Júlia Pantoja de Moraes,
  • Flavio Roberto Sztajnbok,
  • Sheila Knupp Feitosa de Oliveira,
  • Lucia Maria Arruda Campos,
  • Marcia Bandeira,
  • Flávia Patricia Sena Teixeira Santos,
  • Claudia Saad Magalhães

DOI
https://doi.org/10.1016/j.rbr.2015.08.005
Journal volume & issue
Vol. 56, no. 1
pp. 52 – 57

Abstract

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Resumo Objetivo: Estabelecer diretrizes baseadas em evidências científicas para manejo da síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite (PFAPA). Descrição do método de coleta de evidência: A Diretriz foi elaborada a partir de cinco questões clínicas que foram estruturadas por meio do Pico (Paciente, Intervenção ou Indicador, Comparação e Outcome), com busca nas principais bases primárias de informação científica. Após definir os estudos potenciais para sustento das recomendações, esses foram graduados pela força da evidência e pelo grau de recomendação. Resultados: Foram recuperados e avaliados pelo título e resumo 806 trabalhos e selecionados 32 artigos, para sustentar as recomendações. Recomendações: 1. O diagnóstico da PFAPA é clínico e de exclusão, deve a suspeita ser considerada em crianças que apresentam episódios febris de origem indeterminada recorrentes e periódicos ou amidalites de repetição, intercalados com períodos assintomáticos, sobretudo em crianças em bom estado geral e com desenvolvimento pondero-estatural mantido; 2. Os achados laboratoriais são inespecíficos. Não existem alterações patognomônicas nos exames complementares; 3. A evidência que sustenta a indicação do tratamento cirúrgico (tonsilectomia com ou sem adenoidectomia) é baseada em dois ensaios clínicos randomizados não cegos que incluíram pequeno número de pacientes; 4. O uso de prednisona no início do quadro febril em pacientes com PFAPA mostrou ser eficaz. Melhores evidências ainda são necessárias para apoiar seu uso na PFAPA; 5. Apesar de os resultados obtidos de estudos com inibidores de IL-1ß serem promissores, esses são limitados a poucos relatos de casos.

Keywords