Revista Bioética (Jan 2020)

Medicina defensiva: uma prática em defesa de quem?

  • Homaile Mascarin do Vale,
  • Maria Cristina de Oliveira Santos Miyazaki

DOI
https://doi.org/10.1590/1983-80422019274358
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 4
pp. 747 – 755

Abstract

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Resumo Casos de litígio contra médicos têm aumentado no Brasil: já são três novas ações por hora em decorrência de suposto erro médico. Este estudo objetivou analisar se o médico processado e o profissional que conhece outro colega de profissão que também passou por tal situação alteram a conduta clínica com receio de figurar como réu em ação indenizatória por erro médico. Foi aplicado questionário a 104 médicos de 28 especialidades, 53 mulheres (51%) e 51 homens (49%). Analisou-se a relação entre variáveis como estado civil, tempo médio de formado, vínculos empregatícios, entre outras, e a prática cotidiana da medicina defensiva. O estudo busca promover o debate sobre a alteração da conduta clínica por interesse do médico em não ser processado, desvinculando sua prática e a hipótese diagnóstica do paciente.

Keywords