Ornamental Horticulture (Jun 2007)
Resposta da cv. Tropical (Musa spp., grupo AAAB) a diferentes doses de BAP nas fases de estabelecimento e multiplicação da micropropagação.
Abstract
A micropropagação traz benefícios à agricultura, pois viabiliza a produção de grandes quantidade de mudas, em curtos períodos, com elevado padrão fitossanitário (Torres et al, 1998). Essa técnica apresenta papel de destaque, também, na bananicultura. Dentre as cultivares de bananeira, a cv. Maçã tem grande aceitação no Brasil. Entretanto, esta é suscetível ao mal-do-panamá e ao mal-da-sigatoka (amarela e negra). Os danos causados por esses males acarretam na redução na produtividade do bananal e, com isso, a prejuízos financeiros para o produtor (Borges et al, 2004). Nos últimos anos, diversas cultivares têm sido desenvolvidas e, muitas destas, apresentam características de resistências a pragas e doenças. A micropropagação é uma alternativa promissora na introdução rápida dessas cultivares elite no cultivo comercial e, pode contribuir para manutenção da rentabilidade do cultivo de banana (Braga et al, 2001). A cv. Tropical foi desenvolvida pelo CNPMF-Embrapa e apresenta resistência ao mal da sigatoka amarela e tolerância ao mal-do-panamá. Ainda, essa cultivar é classificada como tipo Maçã (Borges et al, 2004). Na micropropagação da bananeira, a citocinina 6-benzilaminopurina (BAP) é amplamente administrada em doses que podem variar entre 1 a 15mg.L-1 BAP (Borges et al, 2004). Oliveira et al (2001), trabalhando com a cv. FHIA 01 (tipo Prata, grupo AAAB), observaram uma taxa de multiplicação média de 2,65, em meio MS suplementado com 4mg.L-1 BAP. Entretanto, foi observada uma taxa média de contaminação de 12,53%. Diante do exposto, este trabalho visou avaliar a incidência de alterações (oxidação, contaminação e calogênese) e a proliferação de propágulos no cultivo in vitro da cv. Tropical, sob diferentes doses de BAP, durante as fases de estabelecimento e aos primeiro e segundo subcultivos da fase de multiplicação.
Keywords