Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Sep 2011)
Conhecimento dos pais sobre profilaxia de endocardite infecciosa em crianças portadoras de cardiopatias congênitas Parents' knowledge of infective endocarditis in children with congenital heart disease
Abstract
INTRODUÇÃO: As diretrizes para profilaxia de endocardite infecciosa mudaram, mas muitas cardiopatias congênitas seguem sendo consideradas de alto risco para o desenvolvimento da doença. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento dos pais ou responsáveis pelas crianças e adolescentes portadores de cardiopatias atendidos em um serviço de referência no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, sobre endocardite infecciosa e sua profilaxia. MÉTODOS: Estudo transversal com 90 pacientes portadores de cardiopatias congênitas em acompanhamento ambulatorial regular. O conhecimento dos pais foi avaliado com o uso de questionário específico e os demais dados foram obtidos por meio da revisão de prontuários. RESULTADOS: A mediana da idade dos pacientes foi de 5,6 anos (3 meses - 14 anos e 7 meses), sendo 57,7% do sexo masculino. A mediana de tempo de acompanhamento no serviço foi de 3,49 anos (1,20-7,38 anos). Os anos de estudo formal dos pais apresentaram média de 7,67 ± 3,25 anos. De acordo com o escore previamente estabelecido, o conhecimento dos pais entrevistados foi considerado satisfatório em 37,7% dos casos, regular, em 33,3% e insatisfatório, em 28,8%. Houve correlação significativa entre o índice de conhecimento dos pais e tempo de acompanhamento das crianças no serviço (r=0,584; PINTRODUCTION: The guidelines to prophylaxis of infectious endocarditis changed, but many congenital heart diseases continue to be considered as high risk for the development of the disease. OBJECTIVE: To evaluate the knowledge of parents or guardians of children and adolescents with congenital heart disease seen at a referral center in Rio Grande do Sul, Brazil on infective endocarditis and its prevention. METHODS: Cross-sectional study with 90 patients with congenital heart defects in regular outpatient treatment. The parents' knowledge was assessed using a specific questionnaire and other data were obtained through medical records. RESULTS: The median age of patients was 5.6 years (3 months -14 years), being 57,7% males. The median follow-up time in service was 3.49 years (1.20-7.38). The years of formal schooling of the parents had a mean of 7.67 ± 3.25 years. According to the score previously established, the knowledge of the interviewed parents was considered satisfactory in 37.7%, regular in 33.3% and unsatisfying in 28,8%. There was significant correlation between the index of parents' knowledge and monitoring of children at service (r=0.584; P=0.796). There was no correlation between parents' education and knowledge of them (r=0.028; P=0.796). CONCLUSION: The parents' knowledge about endocarditis and its prevention was inadequate, requiring greater attention to the orientations passed in consultations
Keywords